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Como a falta de vagas na Rede Estadual ‘enrosca’ a implantação do colégio militar em Chapecó

Confira a coluna do jornalista André de Lazzari

Foto: Jornalista André Lazzari

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O tema levantado por esta coluna na semana passada, sobre a criação e necessidade de ampliação da oferta de vagas na unidade de Chapecó do Colégio Militar Feliciano Nunes Pires, incentivou a manifestação respeitosa de pais da EEB Zitta Flach, cuja estrutura seria, a princípio, parcialmente usada para as atividades do educandário militar. No entanto, segundo a professora Andressa Rissi, docente no Zitta, a orientação da Secretaria de Estado da Educação é que os atuais alunos procurem outras escolas.

A militarização da estrutura já está acontecendo, entretanto, não ocorre da forma desejada por mim. Primeiro, porque a Polícia Militar de Santa Catarina, a princípio, não estaria abrindo neste ano mais vagas além das 140 já dispostas, e cujas inscrições foram encerradas na sexta-feira (25). Depois, porque as aulas serão apenas no período da tarde. E por último, porque não houve uma ação imediata para começar o processo de implantação de uma escola estadual na Grande Efapi.

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Conforme a professora Andressa, “todas as atividades, como atendimento a alunos autistas, com altas habilidades, com dificuldade de aprendizagem, e iniciação científica e em tecnologia, não poderão continuar durante o período de transição, visto que os alunos do Zitta não têm autorização para frequentar a escola fora do horário”.

O colega jornalista Marcos Albeirice, pai de aluno do Zitta e membro da Associação de Pais e Professores, procurou a Condá FM para fazer um programa Sala de Debates comigo sobre o assunto. Primeiramente, agradeço o convite e a deferência do colega, apesar da direção ter reprovado a ideia, e também exponho aos leitores o ponto de vista dele.

Com a experiência que tem, Albeirice propõe procurar os tomadores de decisão para um caminho plausível, um meio termo: “quem sabe outro educandário, buscar verba estadual e federal com emenda de deputados”. Marcos defende que a criação do colégio militar traz uma grande perspectiva de aumentar o processo de ensino e aprendizagem: “há outros tantos traquejos na esteira que contribuem para a formação de um cidadão reto, crítico, com pilares sólidos”.

Por fim, Albeirice fala como pai: “Imagine pais de um aluno especial (coloque-se no lugar deles) que é assistido, com primazia, no ensino público, com programa e projeto que atende e dá resultado ao seu filho. E de repente, passa a ter uma imensa preocupação de como será o ano seguinte, que seu filho não terá o espaço onde está adaptado ao ambiente, corpo docente e toda a atmosfera escolar?”.

Esse é o enrosco que a Rede Estadual de Ensino tem em Chapecó para resolver rapidamente. Não é culpa da Polícia Militar a falta de vagas, mas sim do Governo do Estado. Faltou planejamento. O crescimento da Grande Efapi foi ignorado pelo Centro Administrativo em Florianópolis. Existem recursos, falta vontade política para resolver o problema. Uma escola para 2 mil alunos naquela região desafoga toda a cidade. Uma pena que essa pauta só tenha incentivado a esquerda ir às ruas, e não toda a comunidade.

Recadinhos

  • Em entrevista à Rádio Chapecó ontem (28), o prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), finalmente falou ao microfone que é pré-candidato ao Governo de Santa Catarina.
  • Para ele, além do ex-presidente da República, Jair Bolsonaro, os líderes nacionais da direita no momento são os governadores de São Paulo, Tarcisio de Freitas (REP); de Goiás, Ronaldo Caiado (UNIÃO); e do Paraná, Ratinho Júnior (PSD).
  • Se a conjuntura realmente é essa, o prefeito de Chapecó mencionou os três pré-candidatos à Presidência, em caso de Bolsonaro permanecer inelegível.
  • Dos três governadores citados, apenas um tem apoio público do partido onde está para tentar a presidência: Ratinho Júnior. Entretanto, faltam ainda 21 meses para a definição das candidaturas. Muita água para rolar debaixo da ponte.
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