terça-feira, maio 13, 2025
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Assembleia Legislativa debate educação indígena em SC

Confira a coluna do jornalista André de Lazzari

Foto: ClicRDC

Lideranças dos povos que habitavam Santa Catarina desde tempos imemoriais reivindicaram do Estado uma educação indígena bilíngue, com professores indígenas e infraestrutura igual à oferecida aos outros catarinenses. Os pedidos foram vocalizados durante audiência pública da Comissão de Educação e Cultura, na última quinta-feira (8), na Assembleia Legislativa. A indignação da comunidade indígena do Estado foi demonstrada durante o evento.

Conforme a Agência AL, o professor César dos Santos, líder kaingang, afirmou que a educação foi o que mais destruiu a cultura indígena: “É a educação escolar indígena que faz com que ocupemos nosso espaço e o professor indígena é o pilar da terra indígena”. Davi Timóteo Martins, líder guarani, destacou que as escolas indígenas da Rede Estadual do Ensino são as que tem a pior infraestrutura: “Será que a gente vai ter de vir fechar a Secretaria de Educação, fechar a BR-101 ou vir aqui (na Alesc) fazer um manifesto?”

O diretor de uma escola xoclengue, Abraão Kovi Patté, contou que o educandário que dirigia desabou em 2014 e que os professores e os alunos foram deslocados para a Escola João Bonelli, em José Boiteux, que também tem previsão de demolição: “Se vão demolir a escola, onde vão ficar nossos alunos, se ainda não há nenhuma construção?”

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A professora indígena Vanice Domingos, diretora de escola em Chapecó, também solicitou mudanças no transporte escolar e no calendário escolar, atualmente unificado para todo o Estado: “É o Estado que repassa os recursos do transporte para os municípios, mas os municípios nunca atendem às demandas da comunidade indígena. A gente consegue diálogo com o Estado, mas com o município não consegue diálogo, inclusive para fazer atividades em dias que não estão no calendário padrão”.

Arilson de Oliveira Belém, professor indígena em Entre Rios, lembrou que os indígenas mais velhos já fizeram reivindicações em tempos passados e que não foram atendidas pelos governos: “Precisamos de datas, a gente entende que são processos que demoram, mas por que em algumas escolas anda e para outras não anda? É só um sentimento”, manifestou o professor, referindo-se à diferença entre a infraestrutura oferecida aos indígenas e a disponibilizada à população em geral.

Paulo Márcio Pinheiro, também professor indígena e assessor da Secretaria de Estado de Educação, reconheceu a legitimidade e a urgência das reivindicações, mas alertou os parentes que “não é fácil lidar com o sistema”. De acordo com Paulo, a Secretaria de Educação está montando um edital específico para os povos indígenas, além de processo seletivo, concurso público e alterações curriculares.

No caso do concurso público para professores bilíngues, Paulo Márcio adiantou que o planejamento da Secretaria de Educação prevê um processo seletivo para contratação de professores temporários (dois anos) e, em seguida, a realização do concurso. Quanto às reclamações sobre o transporte escolar, Paulo orientou os dirigentes de escolas indígenas “a cobrar os municípios”. A audiência pública foi presidida pela presidente da Comissão de Educação da Alesc, deputada estadual Luciane Carminatti (PT).

Recadinhos

  • A chegada é estratégica para o Republicanos crescer no Oeste catarinense, perante os muitos contatos que César Paraná possui por conta da carreira profissional do locutor. O Republicanos integra a base do governador Jorginho Mello (PL).
  • Na última sexta-feira (09), César Paraná, renomado locutor de rodeios, assumiu a presidência do Republicanos em Chapecó, substituindo Nemésio Carlos da Silva.
  • Com mais de 25 anos de estrada no mundo do rodeio, César vem com a missão de renovar as bases, lançar novas lideranças e deixar tudo tinindo para as eleições de 2026.
  • O convite veio direto das mãos do presidente estadual do partido, o deputado federal Jorge Goetten, que viu em César o talento e a coragem que o momento exige.
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