quinta-feira, abril 24, 2025
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A opinião local sobre a fraude no INSS

Confira a coluna do jornalista André de Lazzari

Foto: ClicRDC

Ouça a coluna:

O programa Sala de Debates de hoje (24), da Condá FM, reuniu a jornalista Raquel Lang, os juristas Írio Grolli, Robson Santos e Thiago Etges, e eu, para debatermos a Operação Sem Desconto da Polícia Federal, deflagrada ontem, que rendeu a demissão do presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, após decisão do presidente Lula (PT) com base nos dados da operação que envolve uma fraude superior a R$ 6 bilhões na Previdência Social.

Raquel afirmou que “qualquer empresa que veja uma diferença de 10% em qualquer conta, vai ver se tem algo errado”, se referindo à falta de controladoria interna no INSS para evitar o escalonamento da situação até chegar a necessidade da operação deflagrada pela PF. Írio questionou a demora na descoberta da fraude: “Há muitas ações na Justiça de gente pedindo pra acabar com esses descontos. Aí você liga para o sindicato, mas isso não adianta. Estamos diante de uma apropriação indébita enorme, mas que nem cadeia dá”.

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Grolli afirmou que o Brasil exporta impunidade e que a corrupção compensa no país. Thiago falou que as portas da fraude sempre estarão abertas enquanto terceiros ao INSS tiverem poder de arbitrar descontos aos aposentados e pensionistas: “A consignação em folha de pagamento, os benefícios, as contribuições e penduricalhos às associações, desde quando foram autorizadas pela Previdência, deixaram a porta aberta”. Ao ver de Etges, o INSS vai dar conta de compensar a perda causada pela fraude em um curto espaço de tempo.

Robson afirma que a fraude que começou a ser investigada no FGTS será a próxima bola da vez. Conforme o Portal Contábeis, a Polícia Federal revelou, no início deste mês, um esquema de fraude que desviou mais de R$ 2 bilhões de recursos destinados a beneficiários do Fundo, seguro-desemprego e programas sociais. A operação criminosa, que atuava em diversas cidades do Rio de Janeiro, contava com a participação de funcionários da Caixa Econômica Federal.

Eles utilizavam o aplicativo Caixa Tem para acessar e movimentar indevidamente contas de terceiros. A quadrilha obtinha ilegalmente dados pessoais, como CPFs, de beneficiários com saldos ativos no FGTS ou no seguro-desemprego. Com essas informações, servidores da Caixa alteravam os cadastros das vítimas no Caixa Tem, substituindo os e-mails originais por endereços controlados pelos criminosos. Isso permitia o reset de senhas e o controle total sobre as contas digitais. Como vemos, essa é uma novela que apenas começou.

Recadinhos

  • * A mesa também comentou a morte do Papa Francisco. Írio Grolli elogiou a atenção do pontífice com os pobres, e afirmou que a adoração a santos na Igreja Católica foi algo copiado do paganismo.
  • * Robson afirmou que a presença de chefes de Estado no funeral, que ocorrerá no sábado (26), possui um valor diplomático que supera em muito o religioso.
  • *Thiago afirma que o futuro da Igreja Católica depende do próximo papa, e ressalta que os dogmas são muito preciosos para as diversas religiões: “É muito delicado falar em reforma religiosa”.
  • * Robson afirma que o próximo Papa será mais progressista que Francisco, com base nos 108 cardeais com direito ao voto que foram nomeados pelo pontífice durante o papado, visão que seria surpreendente se não for confirmada pelo conclave.
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