
Mais de 130 comentários foram emitidos sobre a edição de ontem (29) da coluna, que abordou a constatação que fiz sobre o posicionamento do governador Jorginho Mello (PL) em não comparecer ao evento de retomada das operações do Porto de Itajaí, ocorrido no final da tarde de ontem, com a presença do presidente Lula (PT). Os dois principais políticos do partido do mandatário no Oeste Catarinense, Luciane Carminatti e Pedro Uczai, estavam sentados no palco atrás do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad.
O comentário mais relevante foi de elogio ao presidente Lula. O internauta afirmou que o posicionamento de Jorginho é por inveja do mandatário federal. As respostas a essa opinião foram de pessoas contrárias ao Governo Federal, afirmando que votar no PT ou é burrice, ou banditismo, e que não se pode ter “inveja de corruptos”.
Outro internauta afirma que Jorginho só está aparecendo na região porque apareceu o prefeito de Chapecó, João Rodrigues (PSD), como possível candidato ao Governo do Estado no ano que vem: “Ele tá com medo porque esqueceu do Oeste”. Outros leitores concordaram com essa opinião, afirmando que se não fosse isso, o governador apenas apareceria em época de campanha, e que João tem força política, portanto, deve ser temido por Jorginho.
Eleitores que já afirmam a vontade de votar em João Rodrigues para governador no ano que vem aplaudiram a decisão de Jorginho em não comparecer ao evento em Itajaí. Outros leitores discordam, apesar de não se surpreenderem com a decisão do governador: “Depois fica falando que o Lula não faz nada, e só olha quanto o Governo Federal já mandou pra Santa Catarina nesses dois anos, que é mais do que os quatro anos do governo anterior”.
Um internauta favorável a Lula foi bastante ácido em seu comentário: “Com tanto de ‘gado’ que tem em SC, Lula teria todo o meu respeito se abandonasse o Estado como fez o Bolsonaro, mas não, veio trazer mais verbas”. Outra leitora manteve o nível de acidez, defendendo Jorginho: “Quem recepciona ex-presidiário é carcereiro?”
Em Itajaí, também foi comentada a ausência do prefeito Robison Coelho (PL). Ele preferiu atender o secretário de Estado da Defesa Civil, Mário Hildebrandt, e na sequência, foi a um evento do Conselho Regional de Odontologia de Santa Catarina. Portanto, o que Jorginho fez não foi um ato isolado, e sim um ato partidário e ideológico que, como meus colegas do programa Sala de Debates, da Condá FM, falaram ontem, impediu um possível diálogo para buscar soluções aos problemas crônicos do Estado, principalmente na infraestrutura.
- Uma das falas de Lula ontem, em Itajaí, foi muito assertiva. O primeiro governo dele (2003-2011) teve uma política muito forte de fomento à indústria automobilística. Chegamos a produzir 3,7 milhões de carros ao ano.
- A pandemia de Covid-19 arrebentou com a indústria automobilística em 2020. Depois da recessão, em 2019, quase 3 milhões de veículos foram fabricados, o que despencou para 2 milhões no ano seguinte, sendo 1,6 milhões de carros
- Em 2024, a produção automobilística total do país chegou a 2,5 milhões de unidades, conforme a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores.
- Ainda assim, temos a capacidade de fazer muito mais, e isso passa, necessariamente, por políticas públicas de isenção de impostos e incentivo à produção. Carro importado é carro mais caro, presidente!