
Como enfrentar o crescimento da população de rua em SC?
Nos últimos dois anos, a população em situação de rua em Santa Catarina aumentou 76%, passando de 5.678 pessoas em 2021 para 9.989 em 2023, segundo dados do Observatório Brasileiro de Políticas Públicas com a População em Situação de Rua da UFMG. Esse crescimento é muito superior à média nacional e se concentra principalmente em cidades como Florianópolis, Joinville, Itajaí, Blumenau e Balneário Camboriú.
Diante desse cenário, a Assembleia Legislativa de Santa Catarina realizará uma audiência pública nesta quarta-feira (12) para debater soluções e definir estratégias concretas para enfrentar o problema. O encontro reunirá parlamentares, autoridades, representantes do Ministério Público, das forças de segurança, do governo estadual e das prefeituras, além de especialistas e membros da sociedade civil.
Entre os temas em discussão, estão a responsabilidade dos municípios na assistência à população de rua, os desafios das políticas públicas para garantir acesso a serviços essenciais (como saúde, assistência social e habitação), a necessidade de integração entre Estado e sociedade civil e o impacto do aumento dessa população na segurança pública e no ordenamento urbano.
O deputado Matheus Cadorin (Novo), que propôs a audiência, alerta para a necessidade de mudanças na legislação que permitam uma atuação mais efetiva dos municípios e das forças de segurança no enfrentamento do problema.
Projeto mão amiga em Chapecó
“Chapecó foi um dos pioneiros do Brasil a ter política pública para moradores em situação de rua, com internamento, encaminhamento para centros terapêuticos, tratamento e encaminhamento para o mercado de trabalho. O resultado é que enquanto nas maiores cidades a população de rua praticamente dobrou em dois anos, em Chapecó houve uma redução de 416 para 48”, disse Rodrigues.
