Por Mateus Montemezzo
Na semana passada, nesta coluna, tratamos sobre a transferência de pacientes com Covid-19 de Chapecó para os municípios de Xaxim e de São Carlos. Confirmei na manhã desta segunda-feira, 06 de setembro, que esse translado continua, inclusive com o Hospital Regional São Paulo de Xanxerê entrando na lista de destino dessas pessoas que necessitam de leitos de enfermaria. Busquei informações sobre o processo de atendimento do HRO, principal ponto de referência da região.
O que acontece é que, para atender a alta demanda do hospital, a Central de Regulação do Estado de SC contratou duas empresas privadas, com o objetivo de abrir e administrar novos leitos de UTI e enfermaria. Um desses contratos venceu no último dia 19 de agosto. Por isso, 38 leitos de enfermaria e 20 de UTI foram desativados. Com a alta no número de casos e de internações, Chapecó já não suporta atender todos os pacientes com Covid, e isso ocasiona as transferências para outros municípios.
Por que o contrato não foi renovado?
Por enquanto, não houve sinalização do contrato com a Amplho, que administrava os 22 leitos de UTI’s e 38 de enfermaria. A empresa entrava com médicos, enfermeiros, técnicos, e o HRO bancava os insumos. Como o Estado está avaliando a ocupação geral dos hospitais à nível regional – e o Grande Oeste está com números ‘aceitáveis’, perto de outras regiões – um novo investimento deverá ser feito somente se todos os locais de atendimento se aproximarem da lotação máxima. O gasto total com a Amplho era de R$ 1.049.875,00 por mês.
Ultramed segue até 19 de setembro
A Ultramed segue prestando serviço ao HRO até o dia 19 de setembro. A empresa entra com todo o suporte necessário para atender a demanda de 20 leitos de UTI: médicos, enfermeiros, materiais e até os medicamentos. O total de investimento é de R$ 2 milhões por mês. Uma nova avaliação deverá ser feita caso, nas próximas três semanas, o número de internações subir em toda região Oeste.