
Um homem foi condenado a 46 anos e oito meses de prisão, em regime fechado, por abusar sexualmente da enteada. Os abusos começaram quando a menina tinha 10 anos e se estenderam até a adolescência, entre 2016 e 2020. Durante esse período, o padrasto a ameaçava para garantir o silêncio da vítima.
De acordo com o processo, que transcorreu em uma comarca da Serra Catarinense, o réu começou com comportamentos inadequados, como olhares insistentes e aproximações indevidas. Ele espiava a menina tomar banho e tocava seu corpo de forma abusiva. Os crimes se intensificaram quando a família se mudou para outra região e a mãe passava mais tempo fora de casa por causa do trabalho.
O padrasto praticava atos sexuais com a criança e a ameaçava com frases como: “Se você gritar ou contar para alguém, você vai ver”. Ele também dizia que ninguém acreditaria nela.
O juiz responsável pelo caso destacou que os abusos causaram à vítima profundo medo, danos psicológicos e sofrimento físico. O réu foi condenado pelos crimes de estupro de vulnerável e estupro continuado.
A Justiça negou o direito de o réu recorrer em liberdade e decretou sua prisão preventiva. A decisão levou em conta o risco de ele cometer novos crimes, especialmente contra a dignidade sexual. O processo segue em segredo de Justiça.