O governador Jorginho Mello sancionou projeto de lei, de autoria do deputado estadual Antídio Lunelli, que prevê a criação por parte do governo do estado de um programa que institui medidas para destinação correta de carcaças de animais mortos não abatidos. Entre as possibilidades está o tratamento dos dejetos por meio de biodigestores, compostagem tradicional, compostagem acelerada, recolha, incineração e demais meios tecnológicos permitidos.
Conforme Lunelli, o principal objetivo do programa é incentivar os produtores catarinenses a destinarem corretamente as carcaças dos animais mortos não abatidos, assim como seus dejetos. “Nos últimos 30 anos, o segmento pecuário brasileiro ampliou a capacidade de produzir produtos de origem animal, visando atender a uma crescente demanda global. Com isso, um volume significativo de resíduos passou a ser gerado, em um curto período de tempo, e intensificou a necessidade de encontrarmos soluções adequadas para esse manejo, minimizando os riscos ao meio ambiente e ao sistema sanitário dessas cadeias”, destaca o deputado.
De acordo com dados do setor, a inexistência de um programa estadual sobre o tema resulta na perda de 940 mil toneladas de bovinos, 410 mil toneladas de aves, 320 mil toneladas de suínos e 10 mil toneladas de peixes por ano.
A proposta apresentada pelo deputado, a pedido do setor do agronegócio, está alinhada à Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), e, entre as soluções a serem adotadas, está o uso dos biodigestores, reator biológico que degrada os dejetos produzindo efluente líquido e biogás. Um dos benefícios do equipamento é a geração do biofertilizante, que pode ser destinado às pastagens e culturas agrícolas, e até servir como adubo
Fonte: Antídio Lunelli