A tia do menino Lyan de Oliveira, de dois anos de idade, que morreu vítima de agressões no último dia 05 de março, em Ponte Serrada, virou ré no processo que investiga o crime nesta segunda-feira (09). A denúncia foi aceita pelo juiz da Vara Única da comarca, Rômulo Vinícius Finato. O magistrado também decretou a prisão preventiva da mulher de 32 anos. Ela é acusada de homicídio qualificado por motivo fútil, meio cruel e uso de recurso que impossibilitou a defesa da vítima.
A Polícia Civil apurou que a tia estava na residência no momento do óbito. Quando pediu ajuda à vizinha, contou que o menino havia caído. No hospital, falou que encontrou a criança agonizando na cama. Quando ouvida pela polícia, disse que a televisão caiu em cima do menino. No entanto, as lesões verificadas no corpo da criança eram incompatíveis com o argumento de queda.
A criança foi levada ao hospital de Ponte Serrada por uma vizinha. De acordo com testemunhas, o menino estava sem roupas, desacordado, com sangramento nasal e com várias lesões pelo corpo. No Conselho Tutelar, há vários registros anteriores de maus-tratos contra a criança, mas sem lesões graves. A vítima morava com cinco irmãos, a avó materna e os tios, que têm dois filhos pequenos. A mãe trabalha em Brusque. Não há informações sobre o pai do menino. O processo tramita em segredo de justiça.
