
Assistindo pela televisão respostas da Ministra do Meio Ambiente Marina Silva a questionamentos ambientais feitos pelos senadores, a mesma não encontrando algumas respostas, irritaram-se e abandonou o Senado. É certo que no Brasil há uma inflação legislativa acerca do meio ambiente, mormente no que diz respeito aos produtores rurais.
Em razão disso pesquisei alguns dados a respeito junto a EMBRAPA, tendo encontrado os seguintes. Pelos dados extraídos do CAR (Cadastro Ambiental Rural) segundo a EMBRAPA, existem no Brasil cinco milhões de imóveis rurais, todos com reserva ambiental que vai de oitenta por cento na Amazônia Legal, trinta e cinco por cento no cerrado e vinte por cento nas demais regiões do País. Isto representa duzentos e dezoito milhões de hectares. Ou seja, aproximadamente vinte e cinco por cento de todo o território brasileiro preservado pelos produtores rurais.
A pergunta que se faz, qual o valor desse imobilizado que o produtor rural faz em favor do meio ambiente e que nenhuma outra categoria faz. Trata-se de um passivo já que para o produtor rural não lhe rende nada. Além disso, tem que pagar impostos todo o ano. Se pegar fogo a culpa e sua, tem que fazer acero. Se o animal invadir também a culpa e sua, tem que fazer cerca para preservar.
Se roubarem madeira a noite e culpa e sua, tem que colocar vigia. Portanto, você é dono, conserva, paga imposto e não pode usufruir. Assim colocada a questão, entendo que não é justificável haver um sacrifício econômico do produtor rural em benefício do interesse coletivo (meio ambiente) sem que haja por parte da sociedade (Poder Público) uma contribuição econômica.