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O Integralismo foi um movimento político surgido no Brasil na década de 1930. Tratava-se de uma mobilização de direita, fundado em 1932 com o nome de Ação Integralista Brasileira (AIB). Entre seus líderes estavam Plínio Salgado, Gustavo Barroso e Miguel Reale, este último reconhecido como o pai do Novo Código Civil Brasileiro de 2003. Na década de 1930, Plínio Salgado já participava de grupos que representavam a ascensão da direita no Brasil.
Após realizar uma viagem à Europa, onde visitou a Itália, Salgado ficou fascinado pelo regime fascista italiano, que tinha como lema “Deus, Pátria e Família”. Inspirado por esse modelo, ele adotou o mesmo lema para o Integralismo brasileiro. A palavra “DEUS” indicava a influência religiosa cristã, estando a figura divina em primeiro lugar e ocupando o topo da hierarquia social, pois Deus seria visto como aquele que dirigia o destino dos povos.
A “PÁTRIA” era definida como “nosso lar”, com o objetivo de formar uma unidade entre a população brasileira dentro do território nacional. Já a “FAMÍLIA” era concebida como a menor unidade de organização social dentro da proposta integralista. Para o movimento, a família seria o “início e fim de tudo”, garantindo a manutenção da tradição e servindo como base para a organização social.
Assim, o integralismo pode ser caracterizado como um movimento nacionalista, fundamentado em preceitos religiosos, familiares e patrióticos. O Integralismo Brasileiro foi reconhecido como o maior movimento de direita da história do Brasil. No entanto, durante o Governo Vargas (Estado Novo, 1937), que tinha inclinações de esquerda, os integralistas foram perseguidos e os partidos políticos foram extintos. Após esse período, os integralistas não conseguiram mais se reorganizar com a mesma força.
Como é sabido, a maioria dos brasileiros tem uma formação cristã, o que influencia opiniões contrárias ao aborto, à ideologia de gênero (“menino é azul e menina é rosa”), à liberação de drogas, à corrupção, e em defesa da família. Um movimento semelhante surgiu nos Estados Unidos nos anos 1970, conhecido como “Maioria Moral” (Moral Majority).
Atualmente, no Brasil, consolida-se uma direita cristã. Um reflexo disso é que, nas eleições, 71% dos deputados eleitos em 2022 manifestaram uma identidade religiosa em suas campanhas. Isso indica a relevância do discurso da direita sobre política. Mais do que votos, a direita cristã conquistou um espaço político significativo no Brasil.
É importante destacar que, nas eleições de 2022, o candidato Jair Bolsonaro utilizou o slogan “Deus, Pátria e Família” como lema de campanha. Assim, pode-se concluir que, diante da formação cristã do povo brasileiro, aliada ao respeito à pátria e à família, surge um novo integralismo brasileiro. O resultado das eleições municipais de 2024 reforça essa tendência.