O Tufão Yagi, a tempestade mais poderosa da Ásia neste ano, deixou um rastro de destruição em Mianmar e no sudeste da Ásia. Em Mianmar, pelo menos 113 pessoas morreram e 64 continuam desaparecidas após inundações e deslizamentos de terra que atingiram o país no último domingo (15). O governo informou que cerca de 320 mil pessoas foram deslocadas devido às fortes chuvas.
De acordo com o porta-voz do governo, Zaw Min Tun, as autoridades estão conduzindo uma missão de resgate e reabilitação. A tempestade afetou severamente mais de 450 vilas e bairros, incluindo a capital Naypyitaw e as regiões de Mandalay, Magway e Bago, além dos estados de Shan, Mon, Kayah e Kayin.
No Vietnã, a tempestade também causou graves danos, com o número de mortos chegando a pelo menos 226 devido a inundações e deslizamentos de terra. Na Tailândia, o tufão resultou em nove mortes na semana passada, elevando o total de vítimas relacionadas ao mau tempo para 33 desde agosto.
Mianmar, que enfrenta uma crise política desde o golpe militar de fevereiro de 2021, está lidando com desafios adicionais devido à infraestrutura danificada e à dificuldade de comunicação. O Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA) destacou que a região central de Mianmar é a mais afetada, com vários rios e riachos transbordando das colinas de Shan.
A mídia estatal relatou a destruição de cinco represas e mais de 65 mil casas, e cerca de um terço da população de 55 milhões de habitantes do país precisa de assistência humanitária. No entanto, a ajuda é limitada em muitas áreas devido a restrições de acesso e riscos à segurança.
As autoridades e agências de ajuda continuam a trabalhar na recuperação e assistência às vítimas, enquanto a situação permanece crítica.