Hospitais sob ataque: um cenário desolador
No dia 18 de dezembro de 2024, o Hospital Bernard Mevs, em Porto Príncipe, foi alvo de um ataque que destruiu quatro salas de cirurgia e equipamentos de laboratório. Felizmente, o local já havia sido evacuado após ameaças de um líder de gangue, evitando vítimas entre pacientes e funcionários. Este episódio reflete a escalada da violência no Haiti, que já forçou organizações como Médicos Sem Fronteiras a suspender temporariamente suas atividades no país.
Um rastro de massacres e mortes
A violência atingiu novos patamares no início de dezembro, quando ao menos 184 pessoas foram mortas em Porto Príncipe, elevando o número de mortes no Haiti em 2024 para cerca de 5.000. No dia 12 do mesmo mês, 20 pessoas, incluindo crianças, foram brutalmente assassinadas na região de Artibonite, em um ataque atribuído à gangue Gran Griff, que também sequestrou moradores e incendiou casas. A presença policial e de forças multinacionais não impediu a tragédia.
Deslocamentos em massa e crise humanitária
Com gangues controlando cerca de 80% de Porto Príncipe, a população haitiana enfrenta um êxodo interno alarmante. Apenas em outubro, mais de 10.000 pessoas foram deslocadas em uma única semana devido a ataques em áreas anteriormente seguras. Este aumento no número de deslocados agrava a já precária situação humanitária no país.
Resposta internacional ainda é insuficiente
Enquanto o Haiti sucumbe à violência, organizações internacionais e a ONU têm intensificado os apelos por apoio financeiro e logístico às forças de segurança locais. A missão policial multinacional liderada pelo Quênia começou a operar no país, mas enfrenta desafios imensos para conter o avanço dos grupos armados.
A escalada de violência, os deslocamentos em massa e a destruição de infraestrutura básica destacam a urgência de ações internacionais concretas para aliviar o sofrimento do povo haitiano.
