O Furacão Helene causou a morte de 200 pessoas em seis estados dos Estados Unidos, tornando-se a tempestade mais letal desde o Furacão Katrina, em 2005. Após uma semana de devastação, milhões de americanos permanecem sem eletricidade, especialmente nas Carolinas e na Geórgia, onde infraestruturas inteiras foram destruídas por enchentes e ventos violentos.
Na manhã desta quinta-feira, quase um milhão de clientes continuavam sem luz, de acordo com o site PowerOutage.us. Duke Energy, principal fornecedora de energia na região, afirmou que “grandes porções da rede elétrica foram completamente destruídas”, atrasando o restabelecimento do serviço. Em alguns condados da Geórgia e Carolina do Norte, mais de 90% das residências e empresas ainda estão no escuro.
Além da falta de energia, estradas bloqueadas dificultam os esforços de socorro, deixando comunidades isoladas. Em algumas áreas, suprimentos estão sendo entregues por mulas e por via aérea. Na cidade de Weaverville, Carolina do Norte, onde vivem 5.000 pessoas, a situação melhora lentamente, mas ainda é crítica. “As coisas ainda estão bastante difíceis”, disse o prefeito Patrick Fitzsimmons, em entrevista feita no único local com Wi-Fi: o supermercado local.
O presidente Joe Biden enviou 1.000 soldados de Fort Liberty, na Carolina do Norte, para auxiliar a parte oeste do estado, uma das mais devastadas. Na quarta-feira, Biden visitou as Carolinas enquanto a vice-presidente Kamala Harris esteve em Augusta, na Geórgia, que segue sob toque de recolher devido aos estragos.
Os sobreviventes, ainda abalados, continuam trabalhando juntos para limpar os escombros, distribuindo comida e água. No entanto, a incerteza sobre quando a normalidade será retomada permanece, enquanto os moradores tentam reconstruir suas vidas diante da tragédia causada pelo furacão Helene.