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Semana intensa na economia: Decisão sobre a Selic, feriado de Finados e reações do mercado

Confira a coluna do Doutor em Ciências Contábeis e Administração, Givanildo Silva

Foto: ClicRDC

Mesmo com o feriado de Finados no horizonte, o cenário econômico não dá sinais de desaceleração. A semana se mostra decisiva para a política monetária nacional e as projeções para o fim do ano.

Decisão do Copom
Na próxima quarta-feira (1°/11), o Comitê de Política Monetária (Copom) traz sua decisão sobre a taxa Selic, a taxa básica de juros. A expectativa dominante prevê uma redução dos atuais 12,75% para 12,25% ao ano, marcando o terceiro corte consecutivo desde agosto. Se o mercado financeiro estiver correto em suas projeções, a Selic deve encerrar 2023 em 11,75% ao ano.

Luta contra a inflação
A meta de inflação estabelecida para 2023 é de 3,25%, com uma margem de variação de 1,5 ponto percentual. Entretanto, a probabilidade de exceder esse teto atualmente é alta, de 67%. Dados recentes mostram que o IPCA de setembro foi de 0,26%, levando a inflação acumulada do ano a 3,50%. No panorama de 12 meses, o índice atinge 5,19%.

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Selic e seu peso histórico
O histórico recente da Selic revela um período de 12 aumentos consecutivos de março de 2021 a agosto de 2022. Após isso, a taxa foi mantida em 13,75% por sete vezes. O patamar mais baixo foi registrado entre agosto de 2020 e março de 2021, quando alcançou 2% ao ano, em resposta direta aos efeitos econômicos da pandemia.

Essa taxa desempenha um papel crucial nas negociações de títulos públicos e serve como a ferramenta principal do Banco Central na missão de controlar a inflação. Um aumento na Selic tem o poder de conter a demanda, encarecer o crédito e impulsionar a poupança, enquanto sua redução pode tornar o crédito mais acessível, incentivando a produção e o consumo.

O processo decisório do Copom se divide em duas etapas. No primeiro dia, há uma análise detalhada das economias brasileira e global. Já no segundo dia, os membros do Copom definem a Selic.

Mercado reage a fala presidencial
No cenário mais amplo, a economia brasileira ainda está digerindo as palavras do presidente Lula sobre a meta fiscal. Em 27/10/2023, essa declaração desencadeou uma reversão nas expectativas do mercado financeiro. O dólar, que começou o dia em queda, fechou a R$ 5,013, enquanto a bolsa Ibovespa recuou 1,29%, terminando em 113.301 pontos.

A economia global, por sua vez, recebeu notícias promissoras vindas dos EUA. A inflação norte-americana atingiu seu nível mais baixo em dois anos, sinalizando uma possível contenção no aumento dos juros básicos pelo Federal Reserve antes do fim do ano.

Ainda temos pela frente uma semana cheia de acontecimentos e decisões cruciais, mesmo considerando o feriado de Finados. Os próximos dias serão decisivos para traçar o caminho da economia brasileira até o final de 2023.

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