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Reforma Tributária ganha sinal verde da CCJ do Senado

Confira a coluna do Doutor em Ciências Contábeis e Administração, Givanildo Silva

Foto: ClicRDC

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado Federal deu um passo decisivo para a reformulação do complexo sistema tributário brasileiro, com a aprovação da tão esperada Reforma Tributária. O relatório do Senador Eduardo Braga (MDB-AM) foi aprovado por uma expressiva maioria de 20 votos a 6, refletindo um consenso político substancial na busca de um modelo mais eficiente e menos burocrático.

Pilares da nova estrutura tributária
Com a reforma, o foco é redirecionado para os tributos sobre o consumo, buscando uma simplificação que pode beneficiar tanto consumidores quanto empresas. Inovações notáveis incluem o mecanismo de “cashback” para a aquisição de gás de cozinha para famílias de baixa renda e incentivos regionais com atenção especial ao Centro-Oeste, reforçando o compromisso do Senado com a equidade social e o desenvolvimento regional.

Acolhimento de emendas e inclusões estratégicas
Dentre as 777 emendas propostas, 247 receberam luz verde do relator. As inclusões são significativas:

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  • Clubes de Futebol: Continuarão a se beneficiar do recolhimento unificado de tributos, um alívio para o esporte mais amado do país.
  • Taxistas e Pessoas com Deficiência: Mantêm a isenção na compra de veículos, reforçando o apoio a esses importantes segmentos da população.
  • Restauração Urbana: Ganha um incentivo com alíquota reduzida, promovendo a conservação de zonas históricas.
  • Saúde: Medicamentos e dispositivos médicos terão alíquota zero em compras governamentais e para entidades sem fins lucrativos – um avanço na acessibilidade à saúde.
  • Ciência e Tecnologia: Serviços de instituições do setor não sofrerão com o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS), estimulando a inovação.

Projeção e impacto fiscal
O Senador Braga pediu um novo estudo de impacto ao Ministério da Fazenda, focando no Imposto sobre Valor Agregado (IVA), sinalizando prudência e responsabilidade fiscal. A proposta segue agora para o plenário, onde será discutida já no dia seguinte, prometendo agitar o cenário político e econômico.

Compromisso com a neutralidade e simplicidade
O relator enfatizou a neutralidade tributária da reforma, assegurada por uma trava que impede o aumento da carga tributária sem correspondente crescimento do PIB. Ele destacou a simplificação como um marco de progresso, visando desembaraçar o atual “manicômio” tributário brasileiro.

O caminho pela frente
Negociações intensas precederam a votação, com o Senador Braga e demais autoridades políticas, incluindo o presidente Lula, trabalhando juntos para polir o texto final. Ajustes nas concessões e benefícios foram feitos cuidadosamente para manter o equilíbrio fiscal, com o relator buscando uma reforma justa para todos os brasileiros.

O dia seguinte promete ser crucial, com a proposta de emenda à Constituição avançando para o plenário do Senado, onde será decisivamente votada. Este passo pode marcar o início de uma nova era para a tributação nacional, potencialmente impactando a vida de milhões de brasileiros e a operação de empresas por todo o país.

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