
Foi anunciada a redução de 0,5% e com isso, a Selic, a taxa básica juros do país, cai agora de 13,75% para 13,25% ao ano. Mesmo com a alteração, o Brasil continua sendo o país com os juros reais mais altos do mundo, em torno de 6,68% (considerando a inflação e os juros futuros de 12 meses), superando as taxas do México, Colômbia e Chile, com juros reais de 6,64%, 6,15% e 4,6%, respectivamente.
A notícia boa é que a ata do Copom prevê mais três quedas iguais de 0,5% até dezembro, se mantidas as condições fiscais do governo e da economia do país. Em se tratando de governo, existem várias políticas que se pode adotar para estimular a economia, sendo as principais: a política monetária envolve ações do Banco Central para controlar a oferta de moeda e as taxas de juros. Reduzir a taxa de juros, como a taxa Selic no Brasil, pode incentivar o consumo, investimentos e empréstimos, impulsionando a atividade econômica.
A política fiscal abrange decisões sobre gastos e receitas do governo. Aumentar os gastos públicos por meio de investimentos em infraestrutura, saúde, educação ou programas sociais pode gerar demanda agregada e estimular o crescimento econômico. A política cambial refere-se às ações do governo para controlar a taxa de câmbio. Uma desvalorização da moeda nacional pode tornar os produtos nacionais mais competitivos no mercado internacional e incentivar as exportações.
Oferecer subsídios, isenções fiscais ou outras formas de incentivos à indústria pode estimular a produção e a criação de empregos. Facilitar o acesso ao crédito para empresas e indivíduos pode aumentar os investimentos, o consumo e a demanda por bens e serviços. Programas específicos para incentivar a contratação, como redução de encargos trabalhistas ou treinamentos subsidiados, podem contribuir para a redução do desemprego.
Simplificar e flexibilizar as normas e regulamentações empresariais pode reduzir a burocracia e estimular o empreendedorismo e a inovação. Investir em projetos de infraestrutura, como rodovias, ferrovias, portos e energia, pode estimular o desenvolvimento econômico, atrair investimentos privados e melhorar a competitividade do país.
Investir em educação e treinamento pode melhorar a qualificação da força de trabalho, aumentando a produtividade e a competitividade da economia. Medidas para aumentar a disponibilidade de crédito e melhorar o sistema financeiro podem incentivar o investimento e o crescimento econômico.
A taxa Selic é a taxa básica de juros da economia brasileira, e sua redução pode trazer diversos benefícios para a economia do país, tais como: estímulo ao consumo, pois com a redução da taxa Selic, os juros cobrados em empréstimos e financiamentos ficam menores, o que estimula o consumo por parte dos indivíduos e empresas, já que os custos de crédito são reduzidos.
Investimentos em infraestrutura, com taxas de juros mais baixas incentivam investimentos em infraestrutura, uma vez que os projetos de longo prazo se tornam mais atrativos com custos financeiros menores. Estímulo ao investimento produtivo, pois, as empresas podem tomar empréstimos para investir em novos equipamentos, tecnologias e expansão dos negócios com taxas de juros mais baixas, favorecendo o crescimento econômico.
Melhoria do mercado imobiliário, com taxas de juros mais baixas, o financiamento de imóveis se torna mais acessível, impulsionando a demanda por habitação e estimulando o setor imobiliário. Incentivo ao mercado de ações, por meio de investidores que podem migrar recursos de investimentos de renda fixa para ações, buscando maior rentabilidade, o que pode impulsionar o mercado de capitais.
Diminuição do endividamento público, pois, a redução da Selic pode levar a menores gastos com o pagamento de juros da dívida pública, contribuindo para a melhoria da situação fiscal do governo. Estímulo ao emprego, com a economia aquecida devido ao aumento do consumo e dos investimentos, as empresas podem demandar mais mão de obra, o que pode reduzir a taxa de desemprego.
Aumento do poder de compra a partir da queda dos juros, as parcelas de financiamentos e empréstimos ficam menores, permitindo que as pessoas possam consumir mais e, assim, aumentar seu poder de compra. Estímulo ao setor exportador com a redução da taxa Selic pode levar a uma desvalorização da moeda nacional, o que torna os produtos brasileiros mais competitivos no mercado internacional.
Redução da inadimplência com juros mais baixos, as pessoas e empresas conseguem renegociar suas dívidas com melhores condições, o que pode contribuir para a redução da inadimplência no país.
Contudo, as políticas econômicas podem ter efeitos colaterais indesejados, que são consequências não intencionais que podem surgir como resultado de sua implementação. Alguns dos principais efeitos colaterais indesejados incluem: inflação se as políticas expansionistas, como aumento dos gastos públicos e redução de taxas de juros, não forem bem calibradas, podem levar a um aumento excessivo da demanda agregada, o que pode resultar em pressões inflacionárias.
Desequilíbrios fiscais, pois, aumentar os gastos públicos sem a devida fonte de financiamento pode resultar em déficits orçamentários e no aumento do endividamento público. Para evitar desequilíbrios fiscais, é importante buscar um equilíbrio entre receitas e despesas, adotando políticas fiscais responsáveis e sustentáveis.
Bolhas de ativos com políticas monetárias expansionistas podem levar a uma alta excessiva nos preços de ativos, como ações ou imóveis, criando bolhas especulativas que, quando estouram, podem ter efeitos negativos significativos na economia. Para evitar bolhas de ativos, os reguladores financeiros devem monitorar os mercados e adotar medidas prudenciais quando necessário.
Desigualdade de renda, pois, algumas políticas podem ter impactos diferentes em diferentes grupos socioeconômicos, resultando em maior desigualdade de renda. Para prevenir ou mitigar esse efeito colateral, é importante considerar políticas inclusivas que promovam a igualdade de oportunidades e a distribuição justa dos benefícios econômicos.
Dependência excessiva de políticas expansionistas, pois, se as políticas de estímulo econômico forem usadas de forma contínua sem ajustes ou se tornarem excessivamente dependentes, podem criar uma dependência das empresas e indivíduos em relação aos estímulos governamentais, dificultando a sustentabilidade a longo prazo. A prevenção desse efeito colateral envolve a busca de políticas equilibradas e abordagens que incentivem o setor privado a crescer de forma independente.