quarta-feira, abril 23, 2025
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Queda do petróleo derruba arrecadação e ameaça solvência do governo brasileiro

Dependência da Petrobras expõe fragilidade fiscal e relembra colapso econômico do governo Dilma

Foto: Givanildo Silva | Doutor em Ciências Contábeis e Administração

Petróleo barato, rombo crescente

A recente queda nos preços do petróleo acendeu um forte alerta sobre a sustentabilidade fiscal do Brasil. Com a Petrobras respondendo por cerca de 7% da arrecadação tributária do país, a desvalorização do barril impacta diretamente as receitas da União, comprometendo a capacidade do governo de financiar suas despesas.


Estimativas apontam perdas bilionárias

Com o preço do petróleo Brent abaixo dos US$ 60, analistas estimam que o Brasil pode deixar de arrecadar até R$ 19,6 bilhões em receita líquida, além de enfrentar uma perda de US$ 5,5 bilhões na balança comercial. Esse cenário se soma à queda de 70,6% no lucro da Petrobras em 2024, que fechou o ano com R$ 36,6 bilhões — número insuficiente para manter o nível anterior de contribuições aos cofres públicos.

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Risco de insolvência fiscal volta ao debate

O efeito fiscal da queda do petróleo é especialmente preocupante porque relembra a crise que implodiu o governo Dilma Rousseff. À época, a combinação de queda nas commodities, descontrole de gastos e recessão econômica levou o Brasil ao rebaixamento de sua nota de crédito e ao maior déficit primário da história.

Agora, com um modelo econômico ainda fortemente baseado na arrecadação de setores extrativos e pouca margem de manobra para cortes estruturais, o risco de insolvência da máquina pública volta ao centro do debate.


Desvalorização do real agrava cenário

A queda no petróleo também pressiona o câmbio. A desvalorização do real frente ao dólar encarece a dívida externa e impacta importações, afetando o consumo e elevando o custo de vida. Isso reduz ainda mais a arrecadação, numa espiral que pode se intensificar se não houver resposta rápida e coordenada do governo.


Pressão por reformas estruturantes

Economistas defendem que o país precisa urgentemente diversificar suas fontes de receita, reduzir a dependência de commodities e avançar em reformas que garantam estabilidade fiscal. Sem essas medidas, a repetição de um colapso como o da década passada se torna cada vez mais provável.

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