
A nova pesquisa Quaest mostrou aquilo que já se esperava: Lula na frente em todos os cenários de segundo turno. Mas, convenhamos, pesquisas no Brasil de hoje são muito mais um retrato do passado do que uma projeção do futuro. Lula aparece como líder porque carrega a força do cargo, o recall de décadas de exposição política e uma máquina estatal em suas mãos. Só que essa liderança é cada vez mais frágil, artificial e baseada no mito de um Lula que já não existe.
Basta olhar para o Brasil real. O eleitor sente no bolso a queda do poder de compra, os juros altos e o peso da carga tributária que não para de crescer. O “Lula da esperança” virou o “Lula da conta atrasada”. E, por mais que as pesquisas tentem pintar um quadro confortável, a verdade é que o petismo envelheceu. É um governo que olha para trás, revivendo velhos discursos de palanque, mas incapaz de oferecer soluções para os desafios da nova economia e da sociedade digital.
É nesse vácuo que Tarcísio de Freitas aparece como o nome mais sólido da oposição. Diferente de Bolsonaro, que insiste no embate estéril e vive da retórica, Tarcísio tem entregas concretas: infraestrutura, concessões, investimentos em mobilidade, digitalização de serviços e capacidade de atrair capital privado. Enquanto Lula gasta energia em disputas ideológicas, Tarcísio fala a linguagem da eficiência — algo que o eleitor cansado da polarização tóxica valoriza cada vez mais.
Não por acaso, entre todos os adversários testados pela Quaest, Tarcísio é quem aparece com menor desvantagem frente a Lula. Isso mostra que ele é o único capaz de furar a bolha e conquistar tanto os conservadores quanto o eleitorado moderado, que já não aguenta o teatro de Brasília. Se o petismo ainda parece forte no papel, é porque Tarcísio ainda tem tempo de sobra para consolidar sua imagem nacional. E cada obra entregue em São Paulo é uma vitrine para o Brasil inteiro.
O jogo de 2026 será decidido por quem representa o futuro. Lula tenta reviver o passado; Bolsonaro se perde em brigas intermináveis; Ratinho Júnior e outros nomes ainda soam regionais. Mas Tarcísio combina técnica, gestão e uma narrativa de renovação. É o único capaz de oferecer ao eleitor uma saída pragmática da polarização.
Por isso, os números da Quaest não deveriam iludir ninguém. O que eles mostram, no fundo, é que Lula já atingiu o teto, enquanto Tarcísio está apenas começando a subir a escada. E, na política, quem cresce no tempo certo é quem leva a vitória.