Juros em alta: Selic pode chegar a 15% e inflação segue acima da meta

Mercado financeiro alerta para novo ano de inflação elevada
O mercado financeiro prevê um cenário econômico desafiador em 2025, com a inflação estimada em 4,99%, ultrapassando novamente o teto da meta. A taxa básica de juros, atualmente em 12,25%, pode chegar a 15% até junho, segundo o Relatório Focus divulgado nesta segunda-feira.

Impactos da inflação persistente

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2024 encerrou o ano em 4,83%, acima do esperado, pressionado pelo aumento nos preços de alimentos e bebidas, responsáveis por mais de um terço da alta. Para especialistas, o cenário inflacionário continua resistente, refletindo incertezas fiscais e políticas econômicas, além da depreciação do real.

Taxa Selic: solução ou desafio?

A expectativa de alta da Selic para conter a inflação traz preocupações adicionais. Economistas alertam que juros elevados podem frear a economia, encarecendo empréstimos e reduzindo o consumo. Setores como varejo e construção civil devem ser os mais impactados. O Banco Central sinalizou que a política monetária continuará rígida até que a inflação apresente sinais claros de convergência para a meta.

- Continua após o anúncio -

Crescimento do PIB desacelera

Embora o PIB tenha registrado crescimento em 2024, a previsão para 2025 é mais modesta, com uma alta de 2,02%, abaixo dos anos anteriores. Esse resultado reflete o impacto das políticas monetárias mais restritivas e o cenário global incerto.

Previsões para os próximos anos

As estimativas do mercado para os próximos anos trazem expectativas de alívio gradual. Em 2026, a inflação pode cair para 4,05%, enquanto a Selic deve recuar para 12%. A partir de 2027, espera-se que os índices de inflação e juros retornem mais próximos ao centro da meta.

Um ano de desafios econômicos

Com inflação e juros elevados, o Brasil inicia 2025 enfrentando incertezas fiscais e políticas. Enquanto o Banco Central mantém seu compromisso com a estabilidade monetária, os impactos sobre a economia real, como o consumo e o investimento, serão determinantes para o desempenho do país nos próximos anos.