
Enquanto o governo Lula 3 insiste em prometer crescimento com inclusão social e responsabilidade fiscal, a matemática do Tesouro Nacional revela outro cenário: um país que está gastando quase o dobro do que arrecada e caminha, a passos largos, para o colapso. Sim, um colapso com C maiúsculo — e com data marcada: 2027. Essa não é uma previsão catastrofista da oposição ou de think tanks liberais, mas sim uma advertência oficial do próprio governo.
Segundo dados da Folha de S.Paulo, as despesas do governo federal cresceram R$ 344 bilhões, enquanto a receita líquida avançou apenas R$ 191,3 bilhões desde o início do terceiro mandato petista. Isso significa que para cada R$ 1 arrecadado, Lula gasta R$ 1,80. A conta não fecha — e, mais cedo ou mais tarde, ela chega. O alerta mais grave vem do relatório da Instituição Fiscal Independente (IFI), que prevê inviabilidade do funcionamento da máquina pública já no primeiro ano do próximo mandato, caso nada seja feito para conter essa espiral.
O que estamos vendo é a erosão de um dos pilares mais básicos da administração pública: o equilíbrio entre receitas e despesas. E tudo isso ocorre sob o guarda-chuva do “novo arcabouço fiscal”, uma regra frouxa que permite o aumento real dos gastos, desde que a receita cresça. Mas quando o próprio governo impulsiona a inflação e sufoca o setor produtivo, de onde virá essa arrecadação milagrosa?
A resposta do Banco Central ao descontrole fiscal foi dura: Selic em 15%, a maior desde 2006. A medida visa conter a inflação, mas pune toda a economia: encarece o crédito, inibe o investimento, sufoca as famílias endividadas e ameaça o já combalido setor produtivo. Com juros tão altos, o Brasil já ostenta o segundo maior juro real do planeta, atrás apenas da combalida Turquia. Um vexame que custamos caro para manter.
A tragédia brasileira é anunciada: o governo amplia subsídios, turbina programas sociais e amplia gastos com funcionalismo, enquanto o setor privado sangra e a máquina estatal engorda. O resultado? Mais dívida, menos confiança, menos crescimento — e um futuro incerto.
Lula repete, em 2025, o mesmo erro de Dilma em 2014: acreditar que é possível gastar para crescer, ignorando o fato de que crescimento exige confiança, estabilidade e previsibilidade — três coisas que o Brasil perdeu nos últimos dois anos. E não há retórica, nem programa social, nem PAC que substituam a responsabilidade.
Se nada mudar, 2027 não trará apenas uma nova eleição. Trará um país paralisado, uma máquina pública quebrada e uma sociedade que já estará pagando a conta — com desemprego, inflação e desesperança. O tempo de ajuste é agora. A pergunta é: o governo vai ouvir os sinais antes do colapso ou vai preferir mais um discurso para empurrar com a barriga?