
Depois de anos de instabilidade, improviso e mensagens contraditórias na condução da economia brasileira, começa a surgir um sinal claro de previsibilidade. E previsibilidade, na economia, vale ouro. A recente declaração do senador Flávio Bolsonaro de que pretende manter a linha econômica adotada no governo Jair Bolsonaro, conduzida por Paulo Guedes, reacendeu um sentimento que estava adormecido: a esperança de racionalidade econômica.
Não se trata de idolatria política, nem de ignorar erros do passado. Trata-se de reconhecer um fato simples, que qualquer jovem de 18 anos entende: a economia reage a confiança. Quando empresários, trabalhadores e investidores sabem para onde o país vai, decisões voltam a ser tomadas. Quando não sabem, todo mundo pisa no freio.
Nos últimos anos, o Brasil voltou a conviver com discursos confusos, aumento do peso do Estado, desconfiança fiscal e sinais de que gastar mais virou solução para tudo. O resultado aparece rápido: juros altos, crédito caro, investimentos represados e crescimento travado. Não é ideologia. É matemática básica.
Ao afirmar que seguirá a agenda econômica de Paulo Guedes, Flávio Bolsonaro faz um aceno claro ao que deu certo:
menos intervenção do governo na economia,
mais espaço para quem produz,
menos burocracia,
mais responsabilidade com o dinheiro público.
Durante aquele período, mesmo enfrentando pandemia e crises globais, o Brasil avançou em reformas importantes, segurou gastos, organizou contas e mostrou que é possível crescer sem quebrar o país. Não foi perfeito, mas foi um rumo. E isso faz toda a diferença.
O mercado reage menos a nomes e mais a sinais. O sinal dado agora é simples: se essa visão econômica voltar ao centro do debate nacional, o Brasil pode voltar a ser um país onde vale a pena investir, empregar e planejar o futuro. Isso significa mais empregos, renda mais estável e menos sustos no fim do mês para quem vive do próprio trabalho.
Claro que ainda há um longo caminho. Declaração não é plano de governo. Palavra não substitui ação. Mas, em um cenário onde o discurso econômico vinha sendo tratado com descaso, voltar a falar em responsabilidade, mercado e eficiência já é um avanço.
A economia não se resolve com grito, nem com torcida organizada. Ela responde a regras claras, disciplina e confiança. Se essa agenda realmente se consolidar, não será exagero dizer que, sim, há uma luz no fim do túnel. E, pela primeira vez em muito tempo, essa luz parece vir da razão — não da ilusão.





