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Excesso de gastos do governo paralisa a economia, privilegia classe A e promove altas do dólar e dos combustíveis

Confira a coluna do Doutor em Ciências Contábeis e Administração, Givanildo Silva

Foto: ClicRDC

O terceiro mandato do presidente Lula traz à tona desafios econômicos significativos para o Brasil, abrangendo desde a distribuição de renda até a política de preços dos combustíveis e a valorização do dólar. Uma série de análises projeta um cenário onde as classes mais altas devem ser as principais beneficiadas, enquanto os combustíveis e a moeda norte-americana destacam-se como pontos de atenção no atual contexto econômico.

Mudança na distribuição de renda
Um estudo da consultoria Tendências revelou que, diferentemente dos mandatos anteriores de Lula, onde se observou uma expansão significativa da classe média, agora as projeções apontam para um crescimento maior na massa de renda real das classes A e, em menor medida, B. Este aumento é estimado em 3,9% ao ano para a classe A, contrastando com o crescimento de apenas 1,5% para as classes D e E, reflexo de um contexto de juros altos, baixo dinamismo econômico e restrições fiscais.

A valorização do dólar e suas implicações
Em paralelo, o dólar registrou um aumento significativo, alcançando R$ 5,287, o maior valor desde março de 2023. Esse cenário é influenciado por fatores internos, como as revisões da meta fiscal, e externos, como expectativas sobre a política monetária do Federal Reserve e o desempenho da economia norte-americana. A valorização da moeda americana traz preocupações quanto ao impacto inflacionário e ao custo das importações, aumentando a pressão por uma possível intervenção do Banco Central.

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Desafios no setor de combustíveis
No setor de combustíveis, a Petrobras enfrenta uma defasagem significativa nos preços. A gasolina, por exemplo, está 21% abaixo do preço praticado no Golfo do México, o que sugere a necessidade de um aumento de R$ 0,74 por litro para alinhar os preços ao mercado internacional. A situação é semelhante para o diesel, com uma defasagem de 12%. Essa política de preços impacta diretamente a importação de combustíveis, limitando a competitividade e eficiência do setor.

Perspectivas futuras
O cenário econômico atual desenha um panorama de desafios e oportunidades. Por um lado, a necessidade de uma gestão fiscal prudente e políticas que promovam a igualdade de renda são cruciais para a sustentabilidade econômica do país. Por outro, a volatilidade do dólar e os preços dos combustíveis exigem uma atenção redobrada para evitar impactos negativos mais amplos na economia.

Os próximos meses serão decisivos para o Brasil, à medida que o governo busca navegar por essas questões complexas, equilibrando as necessidades imediatas com as metas de longo prazo de crescimento e estabilidade econômica.

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