O comércio varejista brasileiro continua a mostrar força, registrando um aumento de 1,3% nas vendas no primeiro semestre de 2023, impulsionado principalmente pelo vigoroso crescimento de 4,1% observado em janeiro, conforme apontado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Apesar do ímpeto inicial, os meses subsequentes trouxeram variações mais modestas nas vendas, destacando a perda de impulso após o salto de janeiro. No entanto, o setor ainda exibe solidez, com um aumento de 0,9% nas vendas acumuladas nos últimos 12 meses.
Dois segmentos em particular se destacam nesse cenário: combustíveis e supermercados. Os combustíveis experimentaram um crescimento substancial, acumulando um ganho de 14,5% em relação ao mesmo período do ano anterior, em grande parte devido a mudanças na política de preços e isenções fiscais. Paralelamente, os supermercados também contribuíram significativamente para o desempenho positivo, com um aumento de 2,6% nas vendas até junho.
Entretanto, nem todos os setores compartilham dessa ascensão. Lojas de departamentos e outros nichos enfrentam desafios devido a crises contábeis e problemas internos, resultando no fechamento de estabelecimentos.
Diante de um ambiente econômico complexo, se prevê que o setor de varejo manterá um crescimento gradual até o final do ano, com uma estimativa de crescimento de 6,5% no varejo ampliado. Apesar das incertezas, esse resultado evidencia a capacidade de resiliência do comércio varejista brasileiro.