Quarenta anos de voz, emoção e conexão com Chapecó. A Rádio Oeste Capital não é apenas uma emissora, mas um elo entre histórias, gerações e momentos que marcaram a cidade e o coração dos ouvintes. Em 2025, essa trajetória será celebrada com um grande evento no pavilhão da EFAPI, trazendo Zé Neto & Cristiano e Lauana Prado para um show histórico. Mas antes da festa, há uma jornada de superação, pioneirismo e paixão pelo rádio que merece ser contada.
A rádio que fala a língua do seu povo
Desde sua fundação, a Oeste Capital sempre teve um diferencial: ela pertence à cidade e à sua gente. “A nossa história se mistura com a de Chapecó. Crescemos juntos e construímos uma identidade própria. Sempre fizemos rádio com o coração, falando do jeito que o nosso povo fala”, explica Luciana Lang, diretora da emissora.
O sotaque local, a paixão pelo sertanejo e a proximidade com os ouvintes foram marcas registradas. Mais do que uma rádio, a Oeste Capital se tornou um símbolo de pertencimento. “Fomos os primeiros a tocar sertanejo FM no sul do Brasil, quando ninguém acreditava. Fizemos rádio 24 horas antes de qualquer um. Levamos o microfone para as ruas, adesivamos carros e transformamos nossos ouvintes em parte da família”, lembra Luciana, com um brilho no olhar.
O dia em que o rádio chorou
Mas nem tudo foi festa. Na madrugada de 29 de novembro de 2016, a cidade parou, a rádio silenciou, e a dor tomou conta de todos. O avião que levava a delegação da Chapecoense para a final da Copa Sul-Americana caiu na Colômbia, levando consigo atletas, comissão técnica, jornalistas e sonhos inteiros.
A Oeste Capital, que sempre vibrou a cada gol da Chape, precisou, naquele dia, segurar o choro e assumir a missão mais difícil de sua história: informar e acolher. “Foi a cobertura mais dolorosa que fizemos. Não éramos apenas jornalistas transmitindo uma tragédia, éramos amigos, irmãos, companheiros de quem estava naquele avião”, conta Luciana, emocionada.
A rádio perdeu todos os seus equipamentos móveis no acidente. Microfones, transmissores e cabos estavam naquele voo, prontos para narrar um dos maiores momentos do time. Mas, com o apoio de parceiros da região, a Oeste Capital seguiu no ar, levando informação e, acima de tudo, apoio para uma cidade devastada pela dor.
“Nós fomos a voz de Chapecó para o mundo. Recebemos pedidos de entrevista da Europa, dos Estados Unidos, da América Latina… Todo o planeta queria ouvir o que Chapecó tinha a dizer. E nós estávamos lá, segurando a emoção para fazer o que sempre fizemos: comunicar”, relembra Luciana.
O que faz da Oeste Capital uma potência?
Superação, paixão e comprometimento. “O que nos torna La Poderosa, como gostamos de dizer nos bastidores, não é apenas a nossa potência no ar. É a nossa energia, o nosso amor pelo que fazemos. Temos profissionais que estão aqui há 35 anos! Isso significa que não somos apenas uma empresa, somos uma família”, enfatiza a diretora.
O que começou como uma rádio local se tornou um gigante do rádio catarinense, sendo uma das mais influentes do estado. Mas, para Luciana, o maior prêmio é o carinho do público. “A cada mensagem de um ouvinte, a cada história de alguém que cresceu ouvindo a gente, sabemos que tudo valeu a pena”, diz.
Uma festa para entrar para a história
E para celebrar essa trajetória de lutas e conquistas, a Oeste Capital preparou um evento inesquecível. No dia 31 de janeiro, a cidade vai parar para celebrar os 40 anos da rádio da galera, com um show de Zé Neto & Cristiano e Lauana Prado, no pavilhão da EFAPI.
“Estamos preparando algo grandioso, porque essa história merece. A GDO e o Camil, parceiros de longa data, estão tornando esse sonho possível. Queremos agradecer a Chapecó do jeito que sempre fizemos: com festa, alegria e muita música!”, comemora Luciana.
Quatro décadas de rádio, de informação, de emoção e de conexão com as pessoas. Se não for a Oeste Capital, Fuja Loko!