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“Racistadores”: três clubes brasileiros sofrem agressões racistas na rodada da Libertadores

Situação inédita e revoltante é registrada no futebol


Por: André de Lazzari

Foto: Lazlo Dalfovo/Lance!/Reprodução

O futebol brasileiro foi duramente agredido nesta semana, quando durante a 3ª rodada da fase de grupos da Copa Conmebol Libertadores, atletas do Corinthians, do Palmeiras e do Flamengo sofreram ataques racistas por parte de torcedores do Boca Juniors (ARG), do Emelec (EQU) e da Universidad Católica (CHI), respectivamente. Os atos criminosos ocorreram em cada um dos três dias de jogos desta primeira etapa do returno da fase de grupos da maior competição futebolística da América do Sul:

Na terça-feira (26), um torcedor do Boca Juniors, que esteve na Neo Química Arena em São Paulo-SP, imitou um macaco em direção a torcida corintiana.

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Na quarta-feira (27), um torcedor do Emelec chamou de “macaco” a torcida palmeirense que foi apoiar seu time no Estádio George Capwell, em Guayaquil.

E na quinta-feira (28), um torcedor da Universidad Católica imitou um macaco em direção a torcida flamenguista que foi ver o jogo disputado no Estádio Nacional de Santiago do Chile, de forma parecida ao caso ocorrido contra o Corinthians.

As punições foram brandas para o único caso que teve desfecho até a manhã desta sexta-feira (29). O torcedor do Boca Juniors que cometeu o crime de racismo em são Paulo foi detido pela polícia, e liberado após pagar fiança de R$ 3 mil. O indivíduo riu da polícia e da torcida do Corinthians após o pagamento do valor, mostrando clara convicção de que ele estaria certo na sua atitude.

No caso ocorrido no Equador, apesar do clima de fraternidade registrado entre as diretorias de Emelec e Palmeiras, não houve menção do time de Guayaquil sobre possível punição ao torcedor identificado por vídeo como o autor da fala racista contra a torcida palmeirense. No registro feito em Santiago, a Universidad Católica está com uma apuração interna ativa, e chamou os seus torcedores para enviar denúncias anônimas via e-mail para identificar o autor do crime contra a torcida flamenguista.

O que a Conmebol pode fazer?

O artigo 17 do Código Disciplinar da Confederação Sul-americana de Futebol (Conmebol), aborda casos de discriminação praticados por jogadores e outros funcionários de clubes, prevendo a suspensão por cinco partidas ou período mínimo de dois meses. É no item 2 do artigo que o texto trata dos atos discriminatórios praticados por torcedores. Em ambos casos, os atos de racismo têm sido julgados pelo tribunal da Conmebol com base neste item, e as multas praticadas aos clubes vão de US$ 30 mil a US$ 50 mil, dependendo do caso.

Jornalistas esportivos e torcedores dos clubes brasileiros envolvidos estão pressionando a Conmebol a que se manifeste publicamente sobre as agressões ocorridas, algo que ainda não aconteceu até as 12h desta sexta-feira (29), mas prometeu que se pronunciará em breve.

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