Os eleitores catarinenses, que foram os primeiros a utilizarem as urnas eletrônicas no país, já podem utilizar mais uma inovação nas eleições deste ano, desenvolvida por técnicos do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SC), para trazer mais transparência na totalização dos votos e possibilitar uma apuração independente da Justiça Eleitoral nas Eleições 2022, em âmbito estadual. Foi disponibilizado nesta sexta-feira (30), na loja do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC) na Play Store, o aplicativo QRTot.
O diretor-geral do TRE, Gonsalo Agostini Ribeiro, que apresentou o aplicativo na reunião de alinhamento do Gabinete de Pronta Resposta (GPR) nesta quarta-feira (28), explica que a ferramenta gratuita permite a leitura do QR Code impresso pela urna eletrônica, por meio do Boletim de Urna (BU), após o término da votação em cada seção eleitoral, às 17 horas.
Ao mesmo tempo em que lê os votos computados no equipamento, ele transmite a informação para um repositório alojado em nuvem privada onde é feito o somatório dos votos das seções eleitorais lidas.
Dessa forma, o QRTot permite ao usuário obter o conhecimento prévio do número absoluto de votos obtido por cada candidata ou candidato, antes mesmo da totalização oficial ser divulgada pela Justiça Eleitoral através dos sistemas Divulga e Resultados.
Após o encerramento das eleições, a apuração realizada pelo QRTot poderá ser acompanhada em tempo real pelo site do MPSC ou via link repassado em lista de transmissão específica no Telegram. No grupo também serão enviadas orientações sobre como instalar e utilizar o aplicativo.
A novidade tem caráter inédito no país e foi compartilhada com o MPSC em 1º de setembro. Na ocasião, firmaram o Memorando de Entendimento o presidente da Corte, desembargador Leopoldo Augusto Brüggemann; o procurador-geral de Justiça, Fernando da Silva Comin; o diretor-geral do TRE-SC, Gonsalo Agostini Ribeiro; a secretária-geral do MPSC, Ariadne Klein Sartori; e o procurador regional eleitoral, André Stefani Bertuol.
“Isso é uma camada de conferência. A Justiça Eleitoral se valerá das informações oficiais das mídias de resultado, mas estamos permitindo que qualquer cidadão faça a leitura dos votos antes da Justiça Eleitoral. Isso não é o resultado oficial, mas uma forma de acompanhar a informação”, ressaltou Gonsalo Ribeiro.
Com informações da Agência AL