
O programa Universidade Gratuita, do Governo de Santa Catarina, completa dois anos nesta sexta-feira (1º de agosto), com resultados que já impactam milhares de famílias no estado. Em pouco tempo de existência, mais de 50 mil estudantes foram beneficiados com bolsas de estudos para cursos de graduação em instituições privadas, tornando realidade o sonho do diploma para quem não teria condições financeiras de pagar.
Dentre os beneficiados, 82% estudaram em escolas públicas estaduais. Além disso, 85% dos contemplados conciliam a graduação com trabalho, evidenciando o alcance social e o esforço dos estudantes para conquistar um futuro melhor.
“É uma felicidade tremenda celebrar os dois anos do Universidade Gratuita. Mesmo sendo uma iniciativa jovem, o impacto que ela tem causado demonstra que Santa Catarina está no caminho certo”, afirmou o governador Jorginho Mello.
Além de cobrir integralmente as mensalidades, o programa prevê que, após a formatura, os estudantes prestem até 480 horas de serviços à população em áreas relacionadas ao curso, fortalecendo o retorno social do investimento público.
Relatos que emocionam
Estudantes como Ana Cláudia Felizardo, de Psicologia, destacam como o programa traz segurança para continuar os estudos.
“Dá tranquilidade pra gente se formar no tempo certo e não se preocupar com as mensalidades”, afirma.
Já Maria Paula de Paula, acadêmica de Direito, reforça a dimensão do impacto:
“Para quem vem de onde eu venho, o sonho da universidade parecia distante. O Universidade Gratuita tornou isso possível.”
Fiscalização e aprimoramento
A Secretaria de Estado da Educação (SED) anunciou uma série de medidas para aperfeiçoar o programa, como a publicação antecipada de editais, transparência nas listas de contemplados, novo simulador de carência, canal de denúncias, e comissão de fiscalização com diversos órgãos de controle.
As ações respondem a apontamentos do Tribunal de Contas do Estado (TCE/SC), que inicialmente indicou a presença de supostos estudantes milionários entre os beneficiados. Após visitas domiciliares e análise dos dados, foi identificado que os altos valores se tratavam de erros de digitação cometidos pelos próprios inscritos.
Agora, a SED analisa o segundo e terceiro blocos de inconsistências, e todos os alunos envolvidos foram notificados. Caso não apresentem justificativa adequada, o benefício poderá ser suspenso e um inquérito aberto.
“Estamos cuidando do programa com responsabilidade. É a maior política estadual de acesso à educação superior do Brasil e precisa de acompanhamento sério”, afirmou a secretária Luciane Ceretta.
Fonte: SECOM