quarta-feira, julho 16, 2025
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Tarifa de Trump trava exportações brasileiras e força corrida por novos mercados

Com taxa de 50% sobre produtos nacionais, Brasil busca alternativas para café, carne, suco, etanol e açúcar


A tarifa de 50% sobre produtos brasileiros anunciada pelo ex-presidente Donald Trump, que deve entrar em vigor em 1º de agosto, já afeta o agronegócio nacional. Os Estados Unidos, que são o segundo principal destino das exportações brasileiras, atrás apenas da China, deixarão de ser economicamente viáveis para diversos segmentos.

Café, carne bovina, suco de laranja, etanol e açúcar estão entre os principais produtos que deverão ser redirecionados a novos mercados, segundo associações do setor e analistas econômicos.

No setor cafeeiro, os EUA representam 16% das exportações brasileiras. Países como China, Índia, Indonésia e Austrália já demonstram potencial para absorver parte da demanda. Além disso, com os EUA recorrendo a fornecedores como Colômbia e Honduras, o Brasil pode avançar em mercados hoje atendidos por esses países, como a União Europeia.

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Na carne bovina, que tem 12% da produção nacional exportada aos EUA, as alternativas incluem México, Egito, Canadá, Chile e Emirados Árabes Unidos. Segundo analistas, o Brasil tem vantagem por já comercializar com mais de 100 países. A abertura de um escritório comercial na China e a retomada de vendas ao Vietnã também ampliam possibilidades.

A situação é mais crítica para o suco de laranja. Atualmente, os EUA compram 41% da produção brasileira. A Associação Nacional dos Exportadores de Sucos Cítricos (CitrusBR) afirma que não há mercados capazes de absorver esse volume. A estrutura logística e a demanda internacional não são suficientes para compensar a perda americana, o que pode ameaçar milhares de empregos.

No caso do etanol, os EUA são o segundo maior comprador. A Coreia do Sul já é o principal destino e o Japão surge como aposta futura, com políticas públicas para mistura de etanol na gasolina.

Já para o açúcar, que tem apenas 2,8% das exportações direcionadas aos EUA, a substituição é mais viável. China, Indonésia, Emirados Árabes e países do Norte da África, como Argélia, devem absorver o volume redirecionado.

Com impactos imediatos em frigoríficos, que já paralisaram a produção destinada aos EUA, o Brasil corre contra o tempo para diversificar seus mercados e minimizar perdas.

informações: G1

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