Um dos grandes questionamentos da população brasileira nos últimos dias, em meio a crise social e econômica do país, é a causa do óleo diesel seguir com os preços em disparada nos postos de combustível, mesmo tendo praticamente sua carga tributária zerada, frente aos esforços dos governos Federal e Estaduais para conter esses preços.
Em entrevista ao ClicRDC, Zamir Galli, presidente do Sindipostos de Chapecó, detalhou que há quatro causas que levam o diesel a estar mais caro do que a gasolina, e em escalada de preços que parece não ter fim:
- Guerra na Ucrânia – 15% do petróleo mundial vem da Rússia, e sua ofensiva ao país vizinho fez com que viessem centenas de sanções econômicas ao país. Algumas delas afetaram a questão logística do transporte de petróleo, o que dificulta a oferta do produto.
- Falta geral no mercado – A situação da guerra, aliada ao momento pós-pandemia de Covid-19 no mercado mundial, e as questões geopolíticas de outros países, como Irã, Emirados Árabes Unidos e Venezuela, que são grandes produtores de petróleo, causa uma falta geral deste ingrediente fundamental para a produção do óleo diesel.
- Aumento do preço do dólar – Os Projetos de Emenda à Constituição (PECs) que visam aumentar os valores e a abrangência dos benefícios sociais que são pagos pelo Governo Federal vão trazer um forte comprometimento ao orçamento público. Isso desagrada o mercado financeiro, retira investimentos estrangeiros do país e leva o Real a se desvalorizar.
- Alta demanda do óleo – Toda a necessidade do diesel que ficou represada por causa das medidas restritivas para combater a Covid-19 foram liberadas desde o final do ano passado, com o avanço da vacinação. Isso gerou uma escalada forte na demanda do diesel, pela volta do fluxo normal de transportes dos produtos não-essenciais.
Segundo Galli, tudo isso leva a crer de que o diesel seguirá subindo, e de que não há previsão para que o valor do óleo baixe nos postos de combustível. Atualmente, em Chapecó, o combustível é vendido por valores entre R$ 7,32 e R$ 7,62.