quarta-feira, janeiro 22, 2025
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Leilões de imóveis quintuplicam em dois anos de Lula: 47 mil propriedades leiloadas em 2024

Inadimplência crescente e endividamento de 80% das famílias impulsionam recorde histórico no mercado imobiliário

Foto: Agência Brasil

O mercado de leilões de imóveis no Brasil registrou um aumento significativo nos últimos anos. Em 2022, foram leiloados aproximadamente 9 mil imóveis. Esse número quase triplicou em 2023, alcançando 26 mil propriedades. Em 2024, o total de imóveis leiloados chegou a 47 mil, representando um aumento de mais de 400% em relação a 2022.

Fatores contribuintes para o aumento

Especialistas atribuem esse crescimento à elevação da inadimplência entre os brasileiros. A inflação e o desemprego registrados entre 2020 e 2022 limitaram a renda da população, resultando em dificuldades para honrar parcelas de financiamentos imobiliários e outras obrigações financeiras. Consequentemente, muitos imóveis foram a leilão para mitigar prejuízos das instituições financeiras credoras.

Impacto do endividamento das famílias

Dados indicam que quase 80% das famílias brasileiras estão endividadas. Esse alto nível de endividamento reflete a fragilidade econômica enfrentada por grande parte da população, aumentando o risco de inadimplência e perda de propriedades.

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Consequências para o mercado imobiliário

O aumento no número de leilões de imóveis não afeta apenas os proprietários inadimplentes, mas também tem implicações significativas para o mercado imobiliário. A maior oferta de imóveis leiloados pode pressionar os preços para baixo, alterando a dinâmica do setor e impactando construtoras e investidores. Além disso, o processo de execução é relativamente rápido; após a notificação da dívida, o inadimplente tem 15 dias para quitá-la integralmente. Se não o fizer, o imóvel pode ser consolidado em nome do credor e, após 60 dias, levado a leilão, resultando na perda da propriedade em menos de seis meses.

Perspectivas futuras

A tendência de aumento nos leilões de imóveis deve continuar se medidas eficazes não forem implementadas para conter a inadimplência e apoiar as famílias endividadas. A saturação da capacidade de pagamento das dívidas acontece de maneira sistemática e difundida, com impactos no país como um todo. É fundamental assumir compromissos financeiros que se encaixem no orçamento familiar, especialmente em um país com ciclos econômicos curtos e contratos de financiamento longos.

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