O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), levantamento inédito lançado em dezembro passado pela Unochapecó e pelo Sindicato do Comércio da Região de Chapecó (Sicom) apresenta números positivos neste começo de 2019. Essa pesquisa também indica evolução positiva nos resultados quanto ao Índice de Condições Econômicas (ICE), ao Índice de Expectativas de Consumo (IEC) e ao Índice de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (IEIC).
Neste mês, o ICC calculado para o município de Chapecó apresenta acréscimo de 10,06%, comparativamente a dezembro. Em termos de pontos, o total é de 102,41, enquanto no mês passado foi de 93,04 pontos, o que representa aumento numérico de 9,37 pontos. Realizada entre os dias 11 e 21 de dezembro, a amostra foi composta por 120 mulheres e 118 homens de diversas faixas etárias e classes de renda. A elevação do índice foi puxada pela confiança da população com idade entre os 45 e 65 anos (16,27%), por pessoas com renda menor do que R$ 1,5 mil (16,18%) e por mulheres (14,37%). A única classe que apresentou queda na confiança foi a de pessoas acima dos 65 anos (-23,11%).
Quanto ao Índice de Condições Econômicas (ICE), a pesquisa mostra aumento de 18,01%, atingindo 83,80 pontos, ante 71,01 de dezembro, quando o acréscimo foi de 13,44%. As faixas que contribuíram para a alta foram dos consumidores de 45 a 65 anos (34,35%) e as mulheres (28,13%). Neste subíndice, a faixa etária acima dos 65 anos também avaliou negativamente (- 34,36%).
A alta no Índice de Expectativas de Consumo (IEC) foi de 6,81%, totalizando 113,83 pontos, enquanto em dezembro esses números foram de 7,91% sobre novembro e de 106,58 pontos. Os consumidores com expectativa financeira positiva maior são aqueles com renda menor do que R$ 1,5 mil (12,92%) e os de faixa etária entre 45 e 65 anos (10,67%).
Endividamento e inadimplência
O Índice de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, que permite sondar o nível de obrigações a pagar ou em atraso que o consumidor possa ter, apresentou redução de 5,11%. Em dezembro esse índice representava 143,78 pontos e neste primeiro mês de 2019 caiu para 136,44 pontos. Entre os consumidores entrevistados, 68,8% destacaram alguma obrigação a pagar, como o cartão de crédito (57%), crediário em lojas (37,4%) e o financiamento de carro/moto (17,2%).
Os consumidores que dizem estar inadimplentes, ou seja, com obrigações em atraso há mais de 30 dias, aumentaram de dezembro (9,7%) para janeiro, chegando neste primeiro mês de 2019 a 11,8%.
Causas da confiança
Para o presidente do Sicom, Marcos Antonio Barbieri, o principal fator que contribui para a confiança positiva está na posse de novos governantes, que leva à expectativa de mudanças, especialmente nos campos econômico e da política. Argumenta que a maioria da população, e o setor produtivo em especial, esperam medidas significativas que há muito tempo são aguardadas, como a reforma da Previdência Social, o ajuste tributário, uma política de juros menores, a melhoria na gestão pública e a maior destinação de receitas para Estados e municípios.
Quanto aos reflexos no setor representado pelo Sicom, o empresário entende que “o desempenho do comércio reflete o índice de confiança das pessoas, e quando esse fator sobe as pessoas se sentem mais encorajadas a consumir e, consequentemente, é aquecido o comércio”. Diante dos números identificados na pesquisa do ICC, Marcos Barbieri opina que aliando os fatores políticos e macroeconômicos, o comércio e o setor de serviços irão registrar expansão neste, principalmente do segundo trimestre em diante.
*Informações Extra Comunica