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Coronavírus: Comércio cobra medidas efetivas dos Governos

Informações MB Comunicação

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IMAGEM ILUSTRATIVA – Foto: Arquivo/ClicRDC

Impactado pela pandemia do novo Coronavírus, o setor empresarial de Santa Catarina reconhece a importância das medidas restritivas impostas ao comércio e à indústria no combate à Covid-19. No entanto, cobra dos Governos a real contrapartida do setor público no enfrentamento da doença e na redução dos impactos econômicos. A análise é do presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Chapecó (CDL), Clóvis Afonso Spohr.

Segundo Spohr, além de arcar com o prejuízo do isolamento social, o setor une esforços para auxiliar os Governos na injeção de recursos para o combate à pandemia, com campanhas e doações em todo o Estado para compra de equipamentos hospitalares. Por outro lado, para o presidente da entidade, as medidas públicas anunciadas até agora para auxiliar o setor, são ainda insuficientes e causam insegurança aos empreendedores.

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“O Governo, de forma geral, está esticando o prazo de isolamento, mas sem garantir capacidade operacional para o atendimento básico e mínimo na saúde, caso a situação se agrave. Está deixando a desejar, enquanto o povo está pagando a conta”, observa Spohr ao cobrar mais ações efetivas.


O presidente comenta que não é defendido que tudo seja aberto imediatamente, mas que é cobrado mais atitudes dos órgãos públicos para atender e resolver o problema. “Não podemos correr o risco de não conseguirmos controlar o contágio e ao mesmo tempo não termos empregos suficientes para movimentar a economia”, defende.

A principal medida econômica cobrada pelo setor é o planejamento estratégico para a retomada gradativa das atividades, com ações restritivas e cuidadosas para não agravar a crise pandêmica. “Pode-se eleger setores que reúnem menor aglomeração e criar medidas para que voltem a atuar aos poucos, com cautela e planejamento. O que não dá é ficar em casa, sem dinheiro, esperando uma reação do Governo”.

Spohr reconhece, no entanto, que as medidas anunciadas de prorrogação e parcelamento do pagamento de impostos, assim como a abertura de crédito para custear a folha de pagamento ajudam o setor, mas as considera escassas. “O primeiro compromisso do empresário será pagar a folha, o segundo sobreviver e só depois pensará em pagar impostos. Se o pagamento não fosse prorrogado, haveria uma inadimplência absurda. Da mesma forma, pergunto qual empresário quer começar o ano com uma dívida com o Governo para pagar salários devido à uma crise que não é culpa sua?”, questiona o presidente.

Comércio apreensivo

As cobranças do presidente da CDL Chapecó são respaldadas pela Federação do Comércio de Santa Catarina (Fecomércio) e pelo Conselho das Federações Empresariais do Estado (COFEM). Para o setor, no atual cenário, a paralisação da economia poderá ter consequências sociais tão graves quanto a própria pandemia.

De acordo com sondagem feita pela Fecomércio com 200 empresários estaduais, sobre o panorama antes e durante a pandemia, o cenário pela frente será desafiador para o setor. O levantamento aponta que nove em cada dez entrevistados (93%) tiveram queda no faturamento com a suspensão parcial ou total das atividades desde o início da pandemia. A variação média foi de -51,14% no caixa. Mais da metade (66%) dos respondentes são empresas com até 10 colaboradores, de atividades não essenciais (78%) e com vendas exclusivamente em lojas físicas (40%). Diante da situação, 85% dos entrevistados estão prevendo ajustes junto aos empregados, desde a possibilidade de redução no quadro de funcionários (55,9%) até medidas mais brandas, como compensação de horas (47,1%) e concessão de férias individuais (44,1%).

Em nota pública, o COFEM afirma que grande parte das medidas de apoio anunciadas não se materializaram na prática ou se mostram insuficientes e pede o retorno gradativo das atividades.

“Preservar a vida dos catarinenses é prioridade. Sem minimizar a seriedade do problema, contudo, as entidades empresariais catarinenses defendem que, seguindo rigorosos protocolos de segurança e isolamento de grupos de risco, seja autorizada a volta gradativa, mas imediata, das atividades econômicas. Sem isso, muitas empresas, especialmente as pequenas, fecharão e os já elevados níveis de desemprego no País se ampliarão fortemente. O setor empresarial defende o equilíbrio entre a preservação da saúde da população e a possibilidade de evitar o caos”, relata a nota.

Para o presidente da CDL Chapecó, mesmo com a liberação gradativa do comércio, o setor terá que lidar com uma dúvida incômoda. “Quem comprará neste momento? Essa é uma avaliação que teremos que fazer para retomarmos o grau de confiança”, sublinha Spohr.

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