quinta-feira, abril 10, 2025
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Análise do PIB 2024: Crescimento de 3,4% revela avanços e desafios para a economia brasileira

Setor de serviços impulsiona expansão, mas inflação e juros altos freiam ritmo no final do ano

Foto: Divulgação

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil registrou um crescimento de 3,4% em 2024, o maior desde 2021, quando a economia avançou 4,8%. No entanto, os dados do último trimestre indicam uma desaceleração significativa, com avanço de apenas 0,2% em relação ao período anterior. Especialistas apontam que o país enfrentou desafios como inflação acima da meta e juros elevados, fatores que impactaram o desempenho econômico nos meses finais do ano.


Setor de serviços lidera crescimento

O setor de serviços, responsável pela maior fatia do PIB, foi o principal motor do crescimento em 2024. O desempenho positivo foi impulsionado pelos segmentos de turismo, tecnologia da informação e serviços financeiros, que se beneficiaram da recuperação da demanda e de investimentos na digitalização.

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Na indústria, houve crescimento puxado pela produção de bens de capital e infraestrutura, mas o setor também enfrentou desafios, como o alto custo de insumos e a necessidade de modernização tecnológica.

Já a agropecuária teve um ano misto. Embora o agronegócio continue sendo um dos pilares da economia, o setor sofreu impactos negativos devido às enchentes no Rio Grande do Sul, que comprometeram parte da produção de soja e milho.


Consumo e investimentos sustentam a economia

O consumo das famílias foi um dos principais fatores de sustentação do PIB em 2024, favorecido pela redução da taxa de desemprego para 6,2%, o menor nível desde 2014. Além disso, o aumento do salário mínimo e políticas de transferência de renda ajudaram a manter o nível de consumo elevado.

Outro ponto positivo foi o crescimento da Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que reflete o volume de investimentos na economia. O cenário indica um aumento na confiança do setor privado, especialmente em infraestrutura e tecnologia.


Inflação e juros pressionam economia

Apesar do crescimento expressivo, a inflação se manteve acima da meta oficial, fechando o ano em 4,8%. Para conter as pressões inflacionárias, o Banco Central elevou a taxa básica de juros (Selic) para 13,25% ao ano, o que limitou o acesso ao crédito e reduziu o ritmo de crescimento no último trimestre.

A alta dos juros afetou especialmente o setor produtivo e o consumo das famílias, dificultando a expansão de empresas e o financiamento de bens duráveis. Esse fator contribuiu para a desaceleração observada nos últimos meses do ano.


Perspectivas para 2025

Com a desaceleração no final de 2024, as previsões para o crescimento do PIB em 2025 são mais moderadas, variando entre 2% e 2,3%. Especialistas indicam que a manutenção de juros elevados e a necessidade de controle inflacionário continuarão sendo desafios para o governo.

A economia brasileira demonstrou resiliência em 2024, mas a desaceleração nos últimos meses e o cenário global incerto exigem cautela. Para manter o crescimento sustentável, será fundamental equilibrar políticas monetárias e fiscais, garantindo investimentos e estabilidade macroeconômica.

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