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A força de Chapecó: Indústria e Comércio

O ClicRDC produziu uma série de reportagens sobre as principais forças de trabalho e desenvolvimento do município de Chapecó. Acompanhe hoje a segunda matéria da série, que trata sobre o Polo Indústria e Comércio


Por: Diego Antunes

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Foto: Diego Antunes/ClicRDC/Arquivo

Das primeiras toras de madeira lançadas no Rio Uruguai, representando a comercialização de algo nascido em solo chapecoense, às centenas de toneladas de carne e derivados que todos os dias deixam as agroindústrias da cidade em direção aos portos catarinenses, lá se vão 104 anos de desenvolvimento da indústria e do comércio local.


Ao longo de mais de um século de existência, muitas atividades que eram essenciais para a subsistência das primeiras famílias que se estabeleceram por aqui, a começar pelo Passo Bormann (Distrito de Marechal Bormann), foram se transformando em uma importante matriz econômica que, junto à outras tantas, transformou-se na principal força de desenvolvimento responsável por fazer Chapecó alcançar o mundo através da produção e processamento de proteína animal, indústria metal mecânica e difusão tecnológica.

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Como a cidade sempre foi conhecida pelo perfil empreendedor do empresariado local, muitos líderes resolveram adotar o modelo do associativismo para organizar as cadeias de produção e prestação de serviços. Para o Presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas, uma das primeiras entidades criadas, quando a capital do Oeste tinha apenas 50 anos, Clóvis Spohr, os chapecoenses sempre tiveram uma importante capacidade de driblar dificuldades, algo que está diretamente ligado ao DNA de quem mora aqui. Spohr destaca que, com base nesse trabalho empreendedor, Chapecó, que já é polo regional, transformou-se em uma cidade completa.


“Contamos com todos os segmentos fortemente representados e não precisamos sair de Chapecó para buscar quaisquer serviços, fazer qualquer compra ou conhecer  qualquer tipo de tecnologia” destacou.


O representante da CDL enfatiza  ainda que a iniciativa de se criar entidades representativas nos primeiros anos de emancipação de Chapecó foi o calcanhar de aquiles para que os setores pudessem se organizar e trabalhar vislumbrando o crescimento, apoiados pelo poder público.

Foto: Arquivo Pessoal

Para o presidente da Associação Comercial e Industrial, Nelson Akimoto, desde o crescimento e a expansão dessas empresas até o aumento no número de pessoas que, buscando sair da informalidade, acabaram abrindo novos negócios, a entidade empresarial está empenhada na defesa técnica e política das classes produtoras, empresários e empreendedores.


Segundo Akimoto, embora a pandemia continue sendo uma realidade muito viva no dia a dia de todos, Chapecó vive um momento ímpar em relação ao restante do país, e com o avanço da vacinação a expectativa é que em breve, até aqueles setores mais afetados poderão se recuperar.
“Não podemos querer voltar ao ‘normal’, temos que voltar ‘melhor’ em tudo! Esse será o grande objetivo a ser atingido”, conclui Nelson Akimoto.

Foto: Arquivo Pessoal

Agronegócio: 104 anos de expansão e mudanças

Chapecó nada seria se não tivesse um solo fértil e alguém para cultivá-lo. A terra de onde brotaram os primeiros ervais sempre foi rica, e base para o plantio de dezenas de culturas essenciais para a subsistência, abastecimento de nações e alimentação de gerações.


Aliada da agricultura, a pecuária chapecoense também faz parte da construção desta jovem cidade. Por meio da suinocultura, bovinocultura leiteira e de corte, incluindo a  produção de aves, a capital do oeste virou a capital do agronegócio, da geração de emprego e renda no campo e maior produtora de proteína animal do mundo.

A cidade que nasceu no distrito de Marechal Bormann hoje é mundialmente conhecida e reconhecida por sua importância, sendo base para diversas agroindústrias de pequeno, médio e grande porte, como no caso da Aurora Alimentos, uma gigante do ramo que há 52 anos, dos 104 de existência da capital do oeste, vem levando o nome de Chapecó para diversos países, inclusive do outro lado do oceano.


Segundo Neivor Canton, presidente da empresa, a expressividade do agronegócio chapecoense em nível mundial se deve à organização coletiva: “É notório que as regiões brasileiras onde as cadeias produtivas da agricultura e do agronegócio estão organizadas – como o caso de Chapecó – apresentam níveis de desenvolvimento superior às demais”.

Foto: Arquivo Pessoal

Para ele, a força da agricultura e pecuária demonstrada através de ações sociais e o avanço em mercados nacionais e internacionais, fizeram o meio rural ser cada vez mais conhecido, por sua importância na contribuição do crescimento da economia e desenvolvimento do país.


“O que existe de novo é a visibilidade que o setor vem tendo na mídia em razão dos resultados que alcançou nas últimas décadas. Isso é positivo, não apenas porque aumenta a autoestima dos agentes econômicos – produtores e empresários rurais, cooperativas e agroindústrias – mas, principalmente, porque permite à sociedade brasileira conhecer a complexidade do universo rural, compreender sua enorme importância para o País  e sua expressão na contextura do comércio mundial”, reforça Canton.


Toda essa expressividade relacionada ao crescimento das indústrias tem transformado Chapecó numa verdadeira vitrine para novos empreendimentos. O resultado se traduz na quantidade de empresas de pequeno, médio e grande porte, além de microempreendedores, que tem feito os números da economia crescerem de forma vertiginosa mesmo na pandemia.


Segundo dados da administração municipal, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, o mês de junho de 2021 fechou com 36.340 CNPJs cadastrados, 976 a mais em comparação a maio, o que mostra que muitas pessoas continuam apostando na cidade em vista da localização estratégica, mão de obra abundante em diversos setores e possibilidade de crescimento.


Para Roberto Axelrud, industrial do setor de telhas, que há um ano e quatro meses resolveu apostar em Chapecó e montar a terceira unidade fabril da empresa, a pujança da cidade e a força da economia local e regional foram decisivas na abertura da fábrica.

“Escolhemos Chapecó para a instalação da nossa terceira unidade por ser a ‘capital’ do Oeste Catarinense. A cidade está localizada em uma região próspera e estrategicamente posicionada entre os estados do sul do País. Buscamos gerar valor satisfazendo as necessidades dos nossos clientes”, afirmou.

Foto: Arquivo Pessoal

O empresário enaltece a receptividade e o empenho de todas as pessoas que não mediram esforços e colaboraram com a vinda da empresa que agora também comemora os 104 da cidade.


“Contamos com uma equipe muito comprometida e, através dos empregos, geramos renda para as famílias que impactamos. O povo da cidade, além de ser muito trabalhador, é muito educado e cordial – fomos muito bem recebidos quando chegamos aqui e, por isso, nos sentimos em casa! Parabéns, Chapecó, pelos 104 anos de história” finalizou.

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