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Cultivo de seringueira é alternativa para a preservar água e solo

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Imagem: Canal Rural

A seringueira é a principal fonte de borracha natural do mundo. Além disso, a cultura apresenta uma série de vantagens em diferentes aspectos relacionados ao meio ambiente.

Quando se fala em uso eficiente da água, a cultura da seringueira tem proporcionado a conservação do solo e da água de forma semelhante à de uma mata nativa.

“A importância dessa cultura vem associada à grande diversidade biológica e sustentável, à regulação do clima, pela eficiência já comprovada no resgate de carbono, bem como, na recuperação de áreas degradadas e conservação de solos. E agora, também comprovado, o reuso da água para fins ambientais”, informa o pesquisador da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig) Antônio de Pádua Alvarenga, que desenvolve estudos em heveicultura.

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Trabalhos realizados no Campo Experimental Vale Piranga da Epamig, localizado no município de Oratórios, avaliaram um seringal, em dois períodos distintos (2011-2012 e 2018-2019), aos 27 anos e aos 34 anos. Como resultado verificou-se um padrão de distribuição de águas da chuva similar ao fragmento de uma mata nativa.

Os pesquisadores compararam o balanço hídrico de uma floresta e de um seringal e concluíram que o equilíbrio do balanço hídrico do seringal expressou-se pelo maior armazenamento de água e maior drenagem profunda.

“Os valores apresentados confirmam que em relação à precipitação total, igual para as duas áreas, a quantidade de chuva (precipitação efetiva) que atinge o piso florestal de seringueiras é maior que na mata. Isso acontece porque a abertura entre as copas no plantio de seringueiras é maior que na mata, cuja tendência é se tornar mais fechada ao longo do tempo”, detalha o pesquisador.

“Um aspecto que diferencia o padrão de distribuição da água da chuva na mata e nas seringueiras é o escoamento da água pelo tronco, que é maior no plantio de seringueiras, que apresentam um padrão mais homogêneo de troncos retilíneos e uma arquitetura dos galhos que facilita o direcionamento da água, interceptada pela copa, ao tronco. Embora o valor, em termos percentuais, do escoamento da água pelo tronco seja pequeno, é importante porque trata-se de água que chega ao solo de modo mais localizado sendo, portanto, significativo durante o período seco”, prossegue o pesquisador.

Cultivo da seringueira

O pesquisador Antônio de Pádua alerta que a implantação de um seringal requer planejamento por parte do produtor.

“Recomenda-se, basicamente, que seja plantado somente um número de árvores do qual o produtor consiga cuidar, isso é válido para os pequenos, médios e grandes produtores. O sucesso da atividade está na fase inicial do plantio onde serão feitos os trabalhos de capina, adubação, desbrota e controle de pragas e doenças, se for o caso”.

Também deve-se ter atenção na escolha da área de plantio e à qualidade das mudas.

“É primordial a escolha das mudas (clones) de boa qualidade. O material deve ter boa procedência, ser registrado, adaptado à região e resistente às possíveis pragas e doenças. A escolha dos solos, preferencialmente os Latossolos (solos profundos), e a localização são de fundamental importância. Deve-se evitar áreas sujeitas a inundação, fazer a correção dos solos, planejar espaçamento correto, já prevendo cultivos intercalares ou não, adubação correta, manter a cultura sempre no limpo”, recomenda o pesquisador.

As pesquisas concluíram que o padrão de distribuição da água em um seringal bem formado é similar ao que ocorre em uma mata em regeneração avançada e que os plantios de seringueiras favorecem a infiltração da água proporcionando a conservação do solo. Relatos de produtores de seringueiras, em diferentes regiões do país, corroboram com estes resultados.

Fonte: Canal Rural

Cotações:
⦁ Dólar: R$ 5,01
⦁ Saca da soja 60kg: R$ 124,14
⦁ Saca de feijão carioca 60kg: R$ 236,65
⦁ Saca de feijão preto 60kg: R$ 260,75
⦁ Saca de milho 60kg: R$ 62,75
⦁ Arroba do boi: R$ 230,90
⦁ Litro do leite: R$ 2,13

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