Vermelhidão, lesões na pele e coceira. A dermatite atópica (DA) é uma doença crônica que atinge 20% das crianças e 3% dos adultos. Ela tem grande influência de fatores genéticos, imunológicos e ambientais e pode se manifestar em qualquer faixa etária, mas, 60% dos casos ocorrem no primeiro ano de vida e, é na estação mais fria do ano que as lesões se intensificam.
As baixas temperaturas dos meses mais frios do ano e alguns hábitos neste período afetam mais esses pacientes. Geralmente, nessa época a umidade do ar é baixa e o frio faz com que as pessoas tomem banho mais quente e prolongado.
A Alergista e Imunologista, Andressa Zanandréa explica que as baixas temperaturas provocam um ressecamento natural da pele. O paciente com dermatite atópica apresenta uma alteração na barreira cutânea, cuja função é a manutenção de água e ceramidas. Por isso, o banho quente para estas pessoas é altamente prejudicial, pois a água em altas temperaturas remove o óleo natural da pele, deixando-a mais ressecada e sem proteção, tornando-a ainda mais suscetível não só à ação de fungos e bactérias, mas também à ocorrência de diferentes tipos de reações alérgicas e inflamação local.
Nos primeiros meses de vida as lesões ocorrem principalmente no rosto e pescoço, nas crianças maiores e adultos as lesões são mais comuns em locais de dobras nos braços e pernas e punhos.
Dra Andressa esclarece que não é uma doença contagiosa. A DA pode também vir acompanhada de asma ou rinite alérgica, porém, com manifestação clínica variável e acaba debilitando muito a qualidade de vida do paciente na parte física, psicológica e social.
Alergista orienta que os pacientes devem manter a pele sempre hidratada para aliviar a lesão. “Usamos hidratantes específicos que podem ser emolientes ou umectantes, ou seja, não deixam a pele perder a água e seus fatores de hidratação. É muito importante, também, tomar bastante água ao longo do dia. Quanto mais hidratada a pele menos inflamada ela fica e ocorre menos coceira ”. ⠀⠀⠀
Outro fator importante é evitar o contato com alérgenos ambientais, como poeira, pólen, mofos, epitélio do cão ou gato se você for alérgico. Evitar contato com fatores irritantes como: roupas de lã, sabão e amaciante com perfumes, produtos de limpeza. Banhos quentes devem ser evitados, preferindo-se água mais morna. O sabonete deve ser líquido e com pH neutro, sem perfumes e irritantes.
Alguns pacientes pioram a dermatite com alimentos. Esses, devem acompanhar com especialista para excluir somente o que for necessário.
Dra Andressa Zanandréa é médica alergista e imunologista e atende adultos e crianças. Especialista no diagnóstico, tratamento e acompanhamento de doenças alérgicas e imunológicas
Médica Alergista e Imunologista USP-SP
CRM SC 21011 | RQE 18441
Adulto e Pediátrico
@draandressaalergista