
Os entregadores da Shopee em Chapecó decidiram cruzar os braços nesta quinta-feira (23), dando início a uma greve que denuncia o que chamam de “verdadeiro pesadelo” nas condições de trabalho. O movimento reúne cerca de 75 profissionais que atuam no transporte de encomendas da plataforma.
A principal reivindicação dos manifestantes é o reajuste dos valores pagos por entrega, congelados há mais de três anos. Segundo os trabalhadores, o aumento no custo de vida e no preço dos combustíveis não foi acompanhado por nenhuma atualização nas tarifas oferecidas pela empresa.
desabafou um entregador.
“O preço da gasolina sobe, o custo de vida aumenta, e a Shopee finge que nada acontece”,
Os grevistas também relatam que enfrentam longas esperas para o carregamento das encomendas — em alguns casos de até cinco horas — sem qualquer estrutura mínima de apoio, como banheiros, cadeiras ou área de descanso.
Outro ponto de denúncia é o excesso de carga nos veículos. Segundo os relatos, muitos motoristas são obrigados a transportar mais de 120 pacotes por vez, o que bloqueia a visão dos espelhos retrovisores e coloca em risco a segurança no trânsito.
O clima de tensão se agrava com o medo de punições. Entregadores afirmam que, ao questionarem as condições impostas ou recusarem cargas excessivas, podem ser bloqueados do sistema e perder imediatamente sua fonte de renda.
Enquanto a Shopee segue ampliando suas operações no Brasil, os trabalhadores de Chapecó afirmam se sentir abandonados.
lamentou outro entregador.
“Somos nós que colocamos a Shopee pra rodar, mas somos tratados como descartáveis”,