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Saudades: um ano após tragédia, comunidade ainda se recupera do trauma que marcou sua história

Confira:

Foto: Arquivo / ClicRDC

Há exatamente um ano, a região oeste de Santa Catarina vivenciou uma das maiores tragédias de sua história. 

Era uma terça-feira (04) de maio, o dia estava ensolarado e aparentemente tranquilo. De repente, notícias de um possível ataque a uma creche em Saudades, impactou e abalou a comunidade. 

Eram notícias difíceis demais para aceitar, para tentar compreender. Crianças e educadoras foram assassinadas e outras feridas após uma chacina na creche Aquarela, no coração do município. Foi por volta das 10 horas da manhã, quando o crime brutal praticado pelo jovem Fabiano Kipper Mai deixou cinco vítimas; três bebês e duas jovens educadoras que tinham uma vida toda pela frente.

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Muitas coisas aconteceram ao longo dos últimos doze meses, mas as pessoas envolvidas de alguma forma na tragédia, vivem com marcas que dificilmente serão apagadas. 

A equipe de jornalismo do ClicRDC conversou com pessoas da comunidade e autoridades do município para tentar entender como seguiu a situação durante o ano da tragédia. Jornalista, vizinhos, prefeito e bombeiro relataram como o ataque à creche Aquarela impactou suas vidas.

Imprensa

Uma das profissões que está diariamente cobrindo situações difíceis, de grande impacto emocional, o jornalista, mesmo absorvendo as dores dos envolvidos, leva seu trabalho com seriedade e tem a difícil missão de transmitir informação à população em meio a um acontecimento tão delicado. 

Henrique Paulo Koch é jornalista e trabalha na Rádio Centro Oeste em Pinhalzinho, cidade localizada no Oeste de Santa Catarina, a cerca de 11 quilômetros do local da tragédia. 

Ele conta que soube da notícia através de um ouvinte, que entrou em contato com a rádio falando sobre o ataque à uma creche. Após apurar as informações, um colega de profissão foi até Saudades para verificar a situação, quando constatou que o ataque tinha acontecido de fato. 

Como jornalista, ele revela os impactos pessoais e profissionais que a cobertura sobre uma tragédia de tamanhas proporções emotivas e como marcou sua vida. 

Resgate

Leonardo Ecco, durante a época da tragédia, foi capitão do Corpo de Bombeiros de Pinhalzinho, que tinha o quartel de Saudades como subordinado. Hoje, ele atua em Chapecó, mas conta que trabalhar no resgate das vítimas marcou profundamente sua vida, com lembranças que ficarão para sempre em sua memória. 

O capitão destaca o abalo emocional sofrido pelas equipes de resgate que atuaram diretamente no caso. Mesmo após meses desde o ataque, membros da corporação têm apoio psicológico para lidar com os impactos emocionais da tragédia.

Comunidade

Seu Ailton Biazebetti ajudou a salvar a vida de uma criança. Ele conta que viu a chegada de Fabiano na creche, mas não foram levantadas suspeitas, pois todos se conhecem na comunidade. 

Contou à nossa equipe que sua filha é Agente Educacional e, no dia da tragédia, trabalharia no turno da tarde. Ele se emociona ao pensar sobre o que poderia ter acontecido com a filha, e se demorasse mais tempo para levar a criança ao hospital. O senhor relata como a tragédia marcou a comunidade. 

Taline trabalha na região central da cidade, e está em contato diário com diferentes pessoas da comunidade. Ela fala sobre o impacto em uma cidade pequena, onde a criminalidade é mínima e aborda as cicatrizes deixadas pela tragédia, e os traumas que marcaram as pessoas para toda uma vida. 

Prefeito

O prefeito Maciel Schneider assumiu a administração municipal em 2021 e durante o seu primeiro ano de mandato, assim como toda a comunidade, vivenciou a perda de pessoas queridas, vítimas de uma tragédia inimaginável. 

Ele se emociona ao falar sobre como a população saudadense seguiu a vida ao longo dos últimos meses, e os impactos em uma região onde todos se conhecem e se colocam no lugar daquelas famílias que perderam entes queridos. Também falou de ações desenvolvidas para evitar que tragédias como esta não voltem a se repetir. 

Nesses doze meses, mesmo entre abalos emocionais, a comunidade segue sua vida, com lembranças,  traumas e com esperança que a história não se repita. O tempo passa, mas as lembranças daquele 04 de maio permanecem para sempre no coração de uma comunidade que se uniu, e dividiu a dor em um momento tão difícil na história de Saudades.  

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