O mês de março, período em que é lembrado a luta e os desafios das mulheres, iniciou em Chapecó de forma bastante positiva. A Procuradoria Especial da Mulher, implantada pela Câmara Municipal, realizou na tarde desta sexta-feira (01), o 1º Seminário destinado a discutir a violência e a discriminação contra as mulheres. Diversas entidades participaram do evento e ações foram sugeridas para atividades que serão realizadas futuramente. A Procuradoria Especial é formada pelas vereadoras Deise Schilke (Procuradora), Elisiani Sanches (1ª Procuradora adjunta), Sueli Suttili (2ª Procuradora adjunta) e Marcilei Vignatti (membro da Mesa Diretora).
Além dos vereadores, estiveram presentes no evento, representantes da Assembleia Legislativa de Santa Catarina, Poder Executivo Municipal, Defensoria Pública, Polícia Militar, Polícia Civil, Universidades, entidades de classe e clubes de serviço. Cada representante teve a oportunidade de explanar sobre os serviços realizados no combate a violência e discriminação e apontar sugestões.
De acordo com dados apresentados pela defensora pública de Chapecó, Michele Andressa Alves, em Santa Catarina, são registrados 8.1 crimes contra as mulheres por hora. “Somente em Chapecó, em 2023, foram contabilizados nove feminicídios”, revelou. A deputada estadual Luciane Carminatti (PT), lembrou que em 2015, foi aprovado um projeto de lei que disponibiliza um banco de dados com todos os tipos de crimes contra as mulheres em Santa Catarina. “Todas as secretarias do estado e todos os órgãos de segurança têm acesso a essas informações. Isso tem facilitado ações organizadas para proteger as mulheres”. Ainda segundo ela, foram registradas ano passado, em Santa Catarina, 28.167 medidas protetivas.
Uma comissão será formada com representantes de entidades, para discutir alternativas e ações para encaminhamentos necessários. “Nossa proposta é receber as denúncias para que os órgãos competentes tomem as providências”.
Para entrar em contato com a Procuradoria Especial da Mulher e denunciar ações de violência ou discriminação, as pessoas interessadas podem ligar para o fone: (49) 9. 8418-9262 ou encaminhar mensagens neste número via whatsapp. Também podem ser enviadas denúncias no e-mail [email protected].