Informações Prefeitura de Ipumirim
A unidade da JBS em Ipumirim, já está com as atividades paralisadas desde o dia 18 de maio. Na quinta-feira (28), de acordo com a Administração Municipal de Ipumirim, o Ministério Público do Trabalho garantiu através de uma decisão da Justiça do Trabalho em Concórdia, para que a empresa assegure a distância mínima dos trabalhadores de 1,5 metro e afaste todos os colaboradores com resultado positivo para o coronavírus ou com suspeita.
A empresa alega que todas as normas solicitadas pela auditoria foram além de cumpridas, aumentadas para a segurança do colaborador. No entanto, a empresa não consegue cumprir o espaçamento de 1,5 metros, pois, a produção passaria a abater menos de 40% , tornando-se inviável.
Com isso, os dirigentes da unidade anunciaram a suspensão imediata dos alojamentos e a empresa irá se manifestar em relação às aves que estão nos aviários. De acordo com a administração municipal, a unidade conseguirá atender o serviço até a próxima segunda-feira (1). Caso não ocorra a reabertura da unidade local, a alternativa será de sacrificar os 650 mil frangos e suspender as atividades.
O prefeito buscou contato junto aos deputados para intervir na situação. Dentre as tentativas, deverá se habilitar em uma ação civil pública para defender a retomada das atividades da unidade fabril. A decisão do prefeito tem apoio de lideranças do comércio, indústria, executivo e legislativo. No dia de hoje, novas medidas serão tomadas no intuito de intervir a situação.
Solicitando apoio do Governo para retomada das atividades da JBS
O prefeito Volnei Schmidt, encaminhou na terça-feira (26), ao Ministério da Economia e Ministério da Fazenda, uma solicitação de auxílio na adoção de medidas para viabilizar a desinterdição da unidade local da JBS que pertence ao grupo Seara Alimentos, que foi interditado no último dia 18 de maio, pela Superintendência Regional do Trabalho de Santa Catarina.
A interdição ocorreu após uma fiscalização realizada pelos auditores fiscais do trabalho no frigorífico entre os dias 13 e 15 de maio, e que teve como fundamento supostas falhas na adoção de medidas pela empresa no que se refere aos procedimentos de prevenção da proliferação da COVID-19.
De acordo com a prefeitura, mesmo antes de ser fiscalizado pela Secretaria do Trabalho, o estabelecimento vinha sendo constantemente monitorado pela vigilância sanitária municipal e estadual, e desde o início da pandemia foi constatado que a empresa instituiu protocolos rígidos de segurança de forma a prevenir a proliferação do vírus dentro da sua unidade industrial, e sempre que editadas novas recomendações pelas autoridades de saúde, à empresa de pronto as atendeu.
O documento relata que a preocupação do município com essa interdição, vai muito além do fato do mesmo atuar na produção de alimentos, atividade essa considerada como essencial neste momento de pandemia. Para o município de Ipumirim, a paralização das atividades da empresa provocará, na verdade, um impacto devastador.
Segundo a prefeitura, nas justificativas para a retomada dos trabalhos o município aponta que o frigorífico emprega 1730 colaboradores diretos e indiretos e 240 produtores integrados. O volume médio de produção diária é de 280 toneladas de alimentos que abastece o mercado interno e externo com produtos exportados para a Europa, o Japão, Coréia, Africa e Canadá, contribuindo com o agronegócio nacional. Com essa produtividade o faturamento médio diário do frigorífico é de R$ 2.076.130,95, um montante que contribui em 60% para a arrecadação do município. Os motivos provam a importância da indústria para a região.O município já recebeu devolutiva apontando o recebimento do ofício e aguarda com expectativa.
Veja o documento encaminhado pelo Prefeito
