Seguem até dia 28 de fevereiro as inscrições para seleção de sete voluntários que queiram atuar nos cartórios judiciais, gabinetes de magistrados e projetos da direção do Foro – como digitalização de autos e enfrentamento de acervos – na comarca de Chapecó. A atividade será sem remuneração, sem vínculo empregatício e sem encargos trabalhistas.
Qualquer pessoa física pode participar, desde que tenha mais de 18 anos de idade. O critério para seleção dos candidatos dá preferência para servidores aposentados, estudantes com maior graduação, formados em Direito, pessoas que já tenham prestado serviço voluntário no Poder Judiciário e candidatos com idade mais elevada. As inscrições podem ser feitas pelo e-mail [email protected], informando nome completo, data de nascimento, universidade em que estuda, período da graduação que se encontra (quando for o caso) e telefone para contato.
Benefícios
O juiz do 1º Juizado Especial Cível e diretor do Foro, André Happke, foi voluntário por três anos enquanto acadêmico do curso de Direito. O magistrado lembra que o trabalho voluntário em órgãos públicos se torna um diferencial para candidatos de concursos públicos pela pontuação acrescida para quem cumprir esse requisito. “Também é notório que o aprendizado do trabalho voluntário prepara melhor o futuro candidato de estágios remunerados (acadêmicos de Direito) ou de assessoria de gabinete (bacharéis)”, ressalta o magistrado.
Happke destaca que os voluntários buscados neste momento são para vagas existentes e relacionadas ao judiciário. No entanto, acadêmicos e profissionais de outras áreas podem atuar nos demais setores do fórum como administrativo, contábil, comunicação, manutenção, assistência social, tecnologia da informação e psicologia. Todos os fóruns do estado praticam a Lei Federal n. 9.608/1998 que regulamenta o trabalho voluntário. Também é seguida a Resolução n. 02/2007-GP que regula o voluntariado no Poder Judiciário catarinense.
Experiência para a vida
A bacharel em Direito, Camila Izoton Schwartz, tem um objetivo claro: em quatro anos quer ser juíza. Até lá precisa cumprir os requisitos necessários. Está cursando o Módulo I na Escola Superior de Magistratura do Estado de Santa Catarina (Esmesc). Experiência profissional é outra exigência. Por isso presta serviço voluntário, três vezes por semana no 1º Juizado Especial Cível da comarca de Chapecó, na assessoria do gabinete, também como conciliadora e juíza leiga. Na comarca de Pinhalzinho também atua voluntariamente como conciliadora, uma vez por semana.
“Tem contribuído muito com minha formação profissional. A experiência prática que tenho, certamente, me colocará em destaque no futuro. Além disso, ajudo pessoas. Cada um que entra aqui deposita suas esperanças em nós para resolver seu problema. Isso é melhor do que qualquer pagamento”, avalia a futura magistrada que pretende seguir carreira em Varas da Família ou Criminal.
