Lauro Roberto Geller, conhecido carinhosamente como Beto ou Betão, faleceu na madrugada de sexta-feira (29) aos 61 anos, vítima de um câncer em Porto Alegre. Portador de deficiência e filho de Dona Iolanda Geller, uma das fundadoras da APAE de Chapecó, Beto enfrentou ao longo da vida as adversidades impostas pela toxoplasmose, uma condição que afeta o sistema imunológico e cognitivo, além de causar febre e dores musculares.
Nascido em Chapecó, Santa Catarina, em 26 de julho de 1962, Beto mudou-se para Porto Alegre aos 13 anos, acompanhado dos pais. Demonstrando desde cedo uma garra e força de vontade notáveis, concluiu o Ensino Médio na capital e posteriormente realizou um sonho ao cursar a faculdade de Filosofia nos últimos anos de sua vida, como relata sua irmã Melânia, com quem morava.
Durante 25 anos, Beto foi casado com Laudete Jabukoski, falecida anteriormente, com quem residiu na cidade de Frederico Westphalen, no norte do Estado. Ele trabalhou na loja de comércio da família, a Catarinense Tecidos, no centro de Porto Alegre, até se aposentar, sendo um torcedor fanático do Grêmio e ouvinte assíduo da Rádio Gaúcha.
Um dos momentos mais significativos de sua vida foi a realização do sonho de escrever um livro, contando sua história de vida e destacando a importância das pessoas com deficiência na sociedade, com a obra “Pessoas com deficiência: o grande desafio à sociedade e a importância da família no desenvolvimento”, lançada em junho de 2021 com a ajuda da família e da amiga Rosa Maria Pacheco.
Lauro deixa como legado uma mensagem de superação e inspiração, sendo lembrado com carinho por sua irmã Melânia, seus irmãos Vitor Hugo e Carlos Alberto, demais familiares e uma extensa rede de amigos que foram tocados por sua história de vida e determinação.
