O presidente do Sebrae, Décio Lima, fez hoje uma avaliação dos três anos de sua gestão à frente da instituição. Décio Lima afirmou que Santa Catarina é terra do Microempreendedor Individual (MEI). Segundo ele, o empreendedorismo está definitivamente consolidado na cultura dos brasileiros e o Sebrae tem atuado para apoiar os donos de pequenos negócios para que eles continuem gerando emprego e renda para o país.
Citando pesquisas do Sebrae, Décio ressaltou que atualmente 60% dos brasileiros desejam empreender, o que faz da vontade de ter a própria empresa um dos maiores sonhos da população. “Para se ter uma ideia, o Brasil criou, em 2024, mais de 4 milhões de novas micro e pequenas empresas, e esse setor foi responsável por 1,3 milhão de postos de trabalho”, destacou. “Nós estamos fazendo uma política de inclusão por meio do empreendedorismo. Hoje, 99% dos empregos formais criados pelos pequenos negócios são ocupados por pessoas originárias do Bolsa Família, que saíram do Cadastro Único”, acrescentou.
Ainda de acordo com o presidente do Sebrae, a instituição tem trabalhado para apoiar os empreendedores em uma economia que não foi feita pensando nos pequenos, mas na acumulação de capital.
“Nós apresentamos, nesse período, uma grande política de inclusão, principalmente no crédito. Nesse setor da micro e pequena empresa, que representam 95% dos negócios brasileiros, 88% não tinham acesso ao crédito”, comentou. “Eu instituí uma política de crédito. Saímos de R$ 1 bilhão por ano e vamos chegar a R$ 12 bilhões este ano. Um crédito assistido para o empreendedor ter longevidade no seu negócio e principalmente para ele fazer escala”, concluiu.
Ao se referir às novas tecnologias, Décio ressaltou o papel estratégico do estado de Santa Catarina, apelidado do “Vale do Silício brasileiro”. “Estamos falando de um conceito para o qual não há volta. O mundo tem que estar inserido dentro da visão da tecnologia, das big techs. Hoje, qualquer pessoa, em qualquer cantinho de Santa Catarina, está comprando lá do outro lado do mundo. E nós temos que colocar a riqueza do Brasil nesse processo de globalização econômica e da inclusão digital”, destacou. “Nós já alcançamos, neste momento, 76% da pequena economia inclusa no mundo digital.”
