Por Diego Antunes
Para quem acredita em numerologia, o número 22 expressa a evolução do homem enquanto ser humano, justamente por ser uma sequência numérica. Geralmente quem nasce nessa data em qualquer mês do ano, tem a vida marcada por grandes lições relacionadas ao esforço, aumento de responsabilidade e trabalho.
Indiferente de crenças, após praticamente dois anos de incertezas, inconstâncias, perdas, desafios e novidades, o novo ciclo que terá início em primeiro de janeiro vem carregado de um enorme significado. Tudo o que passamos pode e deve ser visto como aprendizado sobre o que fazer, como agir, deixar de fazê-lo, mudar ou transformar.
Que o tempo a mais que convivemos em família sirva para darmos mais valor para as pessoas com quem compartilhamos a vida. Que possamos abraçar as amizades, por vezes mantidas do jeito que dava, através da tela de um celular ou reuniões virtuais.
Como passamos por praticamente dois anos de pandemia, esse tempo de cuidados, restrições, polarizações e, infelizmente, perdas, fez parecer que integramos um grande cataclisma e acabamos impulsionados de 2019 para dezembro de 2021. Nessa viagem do tempo nossas lembranças foram embaralhadas, sem que conseguíssemos nos lembrar com detalhes de fatos importantes e marcantes vividos durante esse período que, em alguma perspectiva, apesar da dor e do tédio da reclusão, passou voando.
Para o amanhã, embora seja impossível fazer qualquer tipo de previsão mais concreta, em um mundo que insiste nos pegar de surpresa, é necessário o mínimo de planejamento sobre todos os aspectos que envolvem e norteiam a espécie humana.
Nesta literal carta para o futuro gostaríamos de escrever que tudo o que passamos foi bom, mas sabemos que não foi, então preferimos pensar que todas as experiências vividas durante o período de pandemia foram desafiadoras, portanto construtivas.
Daqui alguns anos, quando lembrarmos desse período de novidades não tão boas e de recomeço, precisaremos contar o que aprendemos, algo que ensinamos e como conseguimos vivenciar e entender cada um dos desafios que nos foram impostos. Vamos relembrar as perdas, sejam físicas, emocionais e materiais. E poderemos, apesar de tudo, celebrar quem nos tornamos.
Falar em futuro é algo que tem uma conexão muito forte com nosso presente. Se o passado hoje é algo inatingível, o tempo atual é onde as coisas precisam acontecer para que lá na frente, ou até mesmo daqui a algumas horas, sejamos melhores, mais fortes, seguros e seres capazes de contribuir com uma sociedade mais justa, igualitária e promissora sob vários aspectos. O tempo de poder é sempre o presente.
Imaginemos que tudo o que vivemos em quase dois anos de incertezas e mudanças necessárias faça parte de um livro ou uma carta que será lida no futuro por aqueles que vêm logo após a gente. Qual relato sobre a vida atual deveria fazer parte deste manuscrito? Sobre quem ou o que deveríamos escrever? Será sobre a necessidade emergente de buscarmos algo novo, dentro e fora de nós mesmos, ou sobre o que devemos continuar fazendo para celebrar as histórias que se foram e que continuaram?
É inegável que os últimos dois anos foram de provação. Inegável também que com o avanço da vacinação e o retorno de uma vida mais parecida com a que tivemos faz com que uma janela para o futuro se abra e que, nesse horizonte, tenhamos a responsabilidade, o cuidado e o carinho de construir o que realmente importa. E daqui em diante, que nós do ClicRDC, tenhamos cada vez mais a alegria de publicar boas notícias e sejamos portadores de boas novas.
22… Estamos prontos!