Pelos corredores do fórum da comarca de Chapecó, não se ouve mais o barulho característico dos carrinhos de supermercado lotados de processos físicos. A prática era comum antes da digitalização, já que era necessário o deslocamento da ação entre gabinete e cartório, para promotoria, outra unidade ou para os advogados das partes.
No último dia 16, foram encaminhados ao Tribunal de Justiça de Santa Catarina 837 caixas de processos físicos, os remanescentes da comarca. Para carregar as caixas até o caminhão, o Poder Judiciário contou com a colaboração de quatro apenados, do regime semiaberto, que receberam autorização para o trabalho externo.
Os processos que foram enviados ao TJSC na última remessa são ações arquivadas antes da digitalização. Por isso, passam a compor o acervo, em Florianópolis. Os poucos processos físicos que ainda são encontrados, ocasionalmente, em alguma unidade, são ações em trâmite já digitalizadas e que, agora, precisam ser picotadas para posterior reciclagem.
A conversão do acervo para o meio eletrônico proporciona maior celeridade e eficiência, haja vista que os processos judiciais passam a tramitar em todas as instâncias digitalmente, com acesso on-line e simultâneo às partes, seus procuradores, magistrados e servidores.
Além disso, a adoção da matriz digital reduz os gastos com papel, impressão, transporte dos autos físicos e disponibilização de espaços para armazenamento.
Desta forma, permite o direcionamento dos recursos financeiros da instituição para a contínua modernização do Poder Judiciário e ampliação dos serviços prestados à população.