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Chuva escura atinge o Rio Grande do Sul

Informações G1

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As chuvas que atingiram o Rio Grande do Sul na madrugada de domingo (13), chamaram a atenção dos moradores de São Francisco de Assis, na Região Central do estado. Alguns moradores coletaram água da chuva com coloração escura. Ivete de David informou à RBS TV que usa a água para limpar o jardim. Foram três baldes de água turva que, apesar da cor, não tem cheiro.


“Faz uns quatro dias que o céu está nublado, uma cor escura, dessa fumaça. Teve chuva ontem e eu coletei, estava um pouco suja, daí joguei fora e domingo veio essa água ainda mais escura”, diz Ivete.

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De acordo com a Somar Meteorologia, a cor da água pode ter origem das queimadas do Pantanal. Na sexta-feira (11), a fumaça que atingiu áreas do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul chegou ao Rio Grande do Sul.


“É natural termos essa mistura e quando tem muita fumaça, ela proporciona essa chuva escura. Os aerossóis, como as fuligens de fumaça, servem como núcleos de condensação para as nuvens de chuva. A chuva realmente lavou a atmosfera. E assim que parar de chover, pode voltar [a fumaça]”, explica a meteorologista Cátia Valente.


Segundo o meteorologista e coordenador do Grupo de Modelagem Atmosférica de Santa Maria (Gruma), Vagner Anabor, sem uma análise da água não se pode afirmar se a sujeira vem da fuligem das queimadas, mas há chances de que tenham relação.


“O vento de grande escala está soprando de leste e descendo para sul, em direção ao Rio Grande do Sul. Eles vão espalhando uma nuvem na atmosfera, que não é meteorológica, que deriva do fogo. (…) Quando essa fumaça vem sobre a nossa região, e entra na área de chuva, ela se combina com a umidade e com a chuva e ela é ‘lavada’. Isso chega em superfície realmente, e é levada pelas gotas”, disse o meterologista.


Já o professor Carlos Fernando Jung, do Observatório Heller & Jung, em Taquara, Região Metropolitana de Porto Alegre, diz que o fenômeno é possível, mas seria necessária uma grande densidade de fumaça no ar. Para uma análise precisa da água, ele explica que a coleta deveria ser feita em uma superfície não contaminada, em um ambiente sem sujeiras de telhado ou resíduos de veículos.


“Para analisar se as partículas de poeira podem ter ocasionado isso, precisaríamos de uma superfície descontaminada de qualquer resíduo”, explica Jung.

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