
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que, a partir desta semana, estará em vigor a bandeira tarifária vermelha patamar 1 para o mês de outubro. Com isso, os consumidores pagarão uma cobrança adicional de R$ 4,46 a cada 100 kWh consumidos, devido ao aumento no custo da geração de energia.
Segundo a Aneel, o motivo para o acionamento da nova bandeira é o volume de chuvas abaixo da média, que impacta negativamente o nível dos reservatórios das usinas hidrelétricas. Como consequência, é necessário acionar as usinas termelétricas, cuja produção é mais cara.
Nos meses anteriores, o cenário era ainda mais crítico, com a aplicação da bandeira vermelha patamar 2, que representa um custo extra maior ao consumidor. Mesmo com a redução para o patamar 1, a Aneel alerta que o momento ainda exige atenção ao consumo.
Além disso, a agência explica que a geração de energia solar é intermitente, ou seja, não produz energia durante todo o dia. Por isso, há necessidade de recorrer às termelétricas, especialmente no horário de pico, quando a demanda é mais alta.
Como funcionam as bandeiras tarifárias
Criado em 2015, o sistema de bandeiras tarifárias serve para indicar os custos reais da produção de energia elétrica no país. Elas são divididas em bandeira verde (sem cobrança extra), amarela, vermelha patamar 1 e patamar 2, cada uma refletindo o custo crescente da geração.
A Aneel destaca que o sistema permite que o consumidor tenha um papel mais ativo no controle da conta de luz. “Ao saber, por exemplo, que a bandeira está vermelha, o consumidor pode adaptar seu consumo para ajudar a reduzir o valor da conta”, informou a agência.