Após vídeos circularem em redes sociais onde mostram ondas em uma piscina que está localizada no 30º andar de um prédio no munícipio de Balneário Camboriú, alguns especialistas explicam por qual motivo isso ocorreu.
No vídeo é possível ver ondas dentro de uma piscina, mas de acordo com o G1, a constatação é conhecida e trabalhada por engenheiros civis como a de que prédios balançam com o vento. Por isso, a instalação das piscinas deve seguir parâmetros próprios.
Segundo o G1, esse tipo de movimento de onda é chamado de sloshing, que é a oscilação de um líquido contido em um recipiente que está em movimento, como no caso dos prédios. Se o sloshing tiver grande amplitude, pode provocar o derramamento da água para fora.
“Se a piscina tem uma forma inadequada, pode acontecer o sloshing. Para corrigir essa situação, é necessário refazer a piscina com as proporções corretas e que evitem o fenômeno. Não se trata dela ser grande ou pequena, mas, sim de ter as proporções corretas”, explica o engenheiro Sergio Eduardo Stolovas Goldman.
Sérgio Goldman é engenheiro e presta consultoria para pessoas que desejam instalar piscinas em andares altos e querem minimizar os efeitos da oscilação na água. Segundo ele, nos dias atuais não há norma vigente que solicite que estudos para prever o sloshing sejam feitos em edifícios no Brasil.
“Nós fazemos análises para saber como a piscina pode ser construída. A oscilação do líquido não pode passar de cinco centímetros, para que o morador não perceba. É um fenômeno que tem que se evitar”, disse.
Para o engenheiro, o sloshing nada mais é do que um problema funcional da piscina. O fenômeno não se trata de um erro estrutural do prédio e sim um elemento que deve ser levado em conta na hora de construir uma piscina em locais como este.
“Todos os prédios possuem oscilações, mas são mais propícios em edifícios mais altos em razão do vento. É bom deixar claro, que o sloshing pode acontecer em prédios em que o projeto foi bem calculado, bem feito. Não é motivo para pânico, isso não quer dizer que o prédio está caindo. É um problema funcional da piscina e é possível fazer correção”, concluiu o engenheiro.
