Diante da pandemia do novo coronavírus, o poder público planeja reforçar a estrutura do sistema de saúde em todo o país. Durante a coletiva de imprensa desta sexta-feira (03), a Secretaria de Saúde de Chapecó confirmou a previsão da chegada de 30 novos leitos de UTI para o município até o dia 31 de maio.
Em Chapecó, o Hospital Regional do Oeste (HRO) conta atualmente com 28 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI). Cinco novos kits com respiradores e monitores já chegaram na cidade. Além destes, mais cinco leitos estão previstos para os próximos dias, totalizando um reforço de 10 leitos.
Segundo a Secretária de Saúde Maristela Rocha, mais 30 leitos são esperados para a ampliação em Chapecó. “Pelo plano de contingência da Secretaria de Estado da Saúde, existe uma programação para a chegada de mais 30 novos leitos de UTI, que serão implantados”, afirma. Ainda segundo a secretária, a previsão é até 31 de maio.
A secretária ainda falou que o hospital regional já designou um local chamado de Unidade de Internação, que conta com leitos específicos para o tratamento do coronavírus.Além disso, ela afirmou que “há uma conversa com a Secretaria de Estado da Saúde para que, se os casos se agravarem, seja também pensado no hospital de campanha, no momento não há nada concreto”, finalizou.
Segundo o Prefeito Luciano Buligon, também está nos planos acionar o sistema privado em caso de necessidade. “A Unimed por possui 10 leitos. Caso extrapole os serviços do Hospital Regional do Oeste, estes também poderão ser contratados”, ressaltou Buligon.
Previsão do cenário de transmissão no país
O ministro da saúde, Luiz Henrique Mandetta, afirmou na última semana, que infecções por coronavírus deverão disparar no Brasil entre os meses de abril a junho.
“A gente deve entrar em abril e iniciar a subida rápida [de infecções]. Essa subida rápida vai durar o mês de abril, o mês de maio e o mês de junho, quando ela vai começar a ter uma tendência de desaceleração de subida”, afirmou Mandetta.
Os casos de transmissão de Covid-19, infecção causada pelo coronavírus, deverão perder velocidade a partir de julho e, em agosto, é esperado que as ocorrências comecem a cair.
“O mês de julho, ela deve começar um platô. Em agosto, esse platô vai começar a mostrar tendência de queda. Em setembro é uma queda profunda, tal qual foi uma queda de março na China. Esse é o cenário que o mundo ocidental está trabalhando”, disse.
